quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

História, ciências, saúde - Manguinhos 2017; 24 (2)





Em fevereiro deste ano completaram-se 100 anos da morte de Oswaldo Cruz, fundador do complexo institucional que hoje leva seu nome e considerado o principal vulto da ciência e da medicina brasileiras. Não passou despercebida dos veículos de comunicação a ironia de a efeméride coincidir com a ameaça de retorno da febre amarela, a mesma que Oswaldo Cruz controlou em 1907 na cidade do Rio de Janeiro, onde tinha lugar cativo.

Não cabe aqui aprofundar as similitudes e os distanciamentos entre a campanha sanitária de Oswaldo Cruz e os esforços atuais. Por ora, podemos sublinhar que a convicção nos métodos adotados naquela época e a clareza de diretrizes contrastam com as dissonâncias que hoje em dia envolvem meios de comunicação e agências de saúde nacionais e internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, de modo a não haver concordância, por exemplo, acerca do número certo de indivíduos afetados.

Ele projetou um centro dinâmico destinado a inovações constantes, capaz de solucionar os problemas da saúde pública, mas também de dilatar as fronteiras do conhecimento por meio da pesquisa científica. com muitas idas e vindas, foi dessa forma que sobreviveu às intermitências da política, como as intervenções do Estado varguista e o "massacre" perpetrado durante a ditadura civil-militar.








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