quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Revista Bioética 2017; 25 (3)


Há algum tempo um debate toma corpo e se intensifica Brasil afora, criando caminhos de dúvidas, reflexões e novos conhecimentos que não se podem ignorar. Essa discussão vem, em alguns casos, assumindo ares de contenda institucional, com projetos de leis tramitando e consultas chegando ao Supremo Tribunal Federal (STF). Lideranças da sociedade civil , dos três poderes e outros cidadãos estão interessados, formando os grupos esperados: favoráveis, contrários e diferentes. No caso, à liberação do uso da maconha.

O colóquio, mesmo que em baixo tom, se faz presente nos lares, colégios, universidades, templos, bares,tribunais, prisões e nos lugares mais longínquos do país. Como qualquer debate, da escalação da seleção brasileira de futebol a medidas econômicas do governo, surgem milhares de "especialistas" de todos os matizes. Uns bastante credenciados, outros nem tanto, muitos por preocupação pelo que possa ocorrer à sociedade, alguns pela necessidade de emitir seu sentimento ou aprender um pouco mais sobre o tema. aplausos, críticas e moderação a depender da personalidade e sensibilidade de cada um.

Não se discute que deve acabar ou ao menos diminuir o número de pessoas envolvidas com a dependência de drogas lícitas (álcool, tabaco) ou ilícitas (maconha, cocaína). Na gravidez, o consumo provoca os mesmos malefícios para o feto que o tabaco. Causa dependência equivalente e problemas no desenvolvimento do cérebro. Portanto, é fundamental que cada vez menos crianças e adolescentes sejam iniciados nessas práticas, para que tenhamos uma sociedade livre de drogas ou que as drogas estejam sob controle, ao menos parcialmente. Liberar uma droga que causa tantos malefícios à saúde como a Cannabis sativa não deve ser a melhor solução.

Quem sabe, para dificultar a ação da organização, cortar seus lucros ou usar a inteligência disponível das polícias e forças armadas, pois afinal trata-se de caso de segurança nacional e de garantir um amanhã promissor para nossos jovens, futuros mandatários da nação. Para prender os verdadeiros donos das drogas e armas, os verdadeiros chefes, poderíamos tentar "seguir o dinheiro", com as técnicas conhecidas e, muitas delas, criadas no país durante o combate à corrupção, o que nos permitiu formar competentes especialistas nas nossas trincheiras. Podem usá-las, pois são estratégias legais e liberadas no país.







terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Revista Brasileira de Cancerologia 2017; 63 (1)


O volume 63, número 1, da Revista Brasileira de Cancerologia (RBC), traz um posicionamento institucional, três artigos originais, um resumo de dissertação, uma resenha e 10 resumos do 10º Encontro Nacional de Doadores de Medula Óssea e Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e 15ª Jornada de Atualização em Transplantes de Células-Tronco Hematopoéticas.                              
No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte e a expectativa é que supere as doenças cardiovasculares como principal causa de morte nas próximas décadas. Aproximadamente 13% dos cânceres no Brasil poderiam ser evitados somente pelo controle da gordura corporal (excesso de peso e obesidade). Em um cenário em que mais de 50% dos adultos possuem excesso de peso, é mais que necessária a publicação do "Posicionamento do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva acerca do Sobrepeso e Obesidade" em 2017. O documento contém diversas informações relevantes sobre esse importante fator de risco para o câncer em nossa população, além de contextualizar as diversas estratégias para seu enfrentamento, destacando o papel fundamental de políticas públicas para a redução da epidemia de obesidade no país.

Alguns artigos publicados:







Revista Brasileira de Cancerologia 2016; 62 (3)


Este número da Revista Brasileira de Cancerologia (RBC) é integralmente dedicada ao tema Cuidado Paliativo em Câncer. Por esse motivo, inicio este editorial ressaltando a importância da escolha de tal temática.                                   A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no ano de 2030, haverá 27 milhões de casos novos de câncer com 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. Atualmente, mais de 100 milhões de pessoas, entre familiares, cuidadores e pacientes, necessitarão de cuidados paliativos, entretanto menos de 80% terão acesso a esses serviços.                                                                     De acordo com a European Association of Palliative Care (EAPC), o cuidado paliativo é o cuidado ativo e integral aos pacientes portadores de doenças sem possibilidade curativa. O controle da dor e dos demais sintomas físicos, psicossociais e espirituais são o foco do trabalho da equipe interdisciplinar e englobam a unidade paciente-família. Esse cuidado reafirma a vida, considera a morte um processo natural e se propõe a preservar a melhor qualidade de vida possível até o momento do óbito.

Vejamos alguns artigos:







quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

História, ciências, saúde - Manguinhos 2017; 24 (2)





Em fevereiro deste ano completaram-se 100 anos da morte de Oswaldo Cruz, fundador do complexo institucional que hoje leva seu nome e considerado o principal vulto da ciência e da medicina brasileiras. Não passou despercebida dos veículos de comunicação a ironia de a efeméride coincidir com a ameaça de retorno da febre amarela, a mesma que Oswaldo Cruz controlou em 1907 na cidade do Rio de Janeiro, onde tinha lugar cativo.

Não cabe aqui aprofundar as similitudes e os distanciamentos entre a campanha sanitária de Oswaldo Cruz e os esforços atuais. Por ora, podemos sublinhar que a convicção nos métodos adotados naquela época e a clareza de diretrizes contrastam com as dissonâncias que hoje em dia envolvem meios de comunicação e agências de saúde nacionais e internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, de modo a não haver concordância, por exemplo, acerca do número certo de indivíduos afetados.

Ele projetou um centro dinâmico destinado a inovações constantes, capaz de solucionar os problemas da saúde pública, mas também de dilatar as fronteiras do conhecimento por meio da pesquisa científica. com muitas idas e vindas, foi dessa forma que sobreviveu às intermitências da política, como as intervenções do Estado varguista e o "massacre" perpetrado durante a ditadura civil-militar.








segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

História, ciências, saúde - Manguinhos 2017; 24 (1)

La ciencia argentina recortada: el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnica (Conicet) se creó em 1958 a partir de la iniciativa del segundo premio Nobel de la Argentina, el fisiólogo Bernardo Houssay. Su función fundamental es fomentar la investigación de la ciencia a partir del financiamento estatal. Apoya proyectos de todas las disciplinas científicas a partir de um sistema de ingresso exhaustivo y riguroso.

Los resultados anunciados a mediados de diciembre del 2015 informaron que la cantidad de nuevos investigadores pasaría de 943 en 2015 a cerca de 400 en la convocatoria de este año. Es decir, un 60% menos de ingresos a la carrera de investigador. Esto significa interrumpir un proceso, que con ciertas dificultades,venía generando modificaciones desde hace 15 años atrás. Con esto, 508 investigadores, quienes se han sometido a un proceso de selección riguroso y exhaustivo, están "recomendados" pero no ingresan a la carrera de investigador debido al feroz recorte de presupuesto que ha planteado el gobierno de Mauricio Macri.

En este difícil contexto, el conflicto sigue abierto. La comunidad científica está sensibilizada y movilizada para apoyar al mayor organismo científico de la Argentina y defender el rol del Estado en el sostenimiento y crecimiento de la ciencia 

"Defensives" or "pesticides"? A history of the use and perception of pesticides in the state of Santa Catarina, Brazil, 1950-2002

Measuring the impact of practices of social appropriation of science and technology: a proposal for a set of indicators

Between neurons and synapses: the contributions of Cajal and Athias to Iberian medicine between the nineteenth and twentieth centuries

A cobertura de ciência em telejornais do Brasil e da Colômbia: um estudo comparativo das construções midiáticas

Disponível em: História, ciência, saúde - Manguinhos 2017; 24 (1)