sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Revista Brasileira de Cancerologia 2018; 64 (2)

Ao longo dos seus 30 anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) se sustentou como um dos sistemas mais democráticos e inclusivos do mundo. Seus princípios e diretrizes têm garantido a ampliação da oferta e do acesso aos serviços e ações de saúde, impactando na qualidade e no aumento da expectativa de vida da população brasileira1. Nesse período, a estruturação e a organização do modelo de atenção ao câncer teve lugar de destaque na agenda política2. O contexto atual mostra o impacto do câncer sobre a carga de doenças e agravos não transmissíveis (DANT) e aponta para a necessidade mundial de repensar as estratégias governamentais de atenção à saúde populacional. O câncer se tornará a principal causa de morte por doença no mundo e já é considerado a principal barreira para o aumento da expectativa de vida da população no século XXI3. Sendo assim, é preciso pensarmos estratégias para superação desse obstáculo.Para ressaltar a relevância desse contexto, a Revista Brasileira de Cancerologia (RBC), como parte da sua política editorial,  nessas  últimas  três  décadas,  tem  publicado  importantes  artigos  científicos  que  destacam  os  avanços  e  os  desafios nas ações e serviços de atenção ao câncer no SUS e seus efeitos nos indicadores de saúde relacionados. Como  destaques,  desde  a  promulgação  da  Constituição  de  1988  e  a  criação  do  SUS,  a  RBC  atua  de  forma  estruturada, liderando a discussão e promovendo conhecimento sobre a política e as ações de controle do câncer2,4,5, além de publicar artigos que avaliam o impacto dessa história nos últimos 30 anos2.  Atuando em consonância com os princípios do SUS de universalização6,7, equidade8 e integralidade9,10, a RBC vem priorizando a publicação de trabalhos direcionados a problematizar e a propor alternativas para os desafios existentes no modelo de atenção ao câncer no Brasil. Além disso, são vistos como prioritários estudos sobre incorporação ou avaliação de inovações realizadas em toda linha de cuidado ao indivíduo com câncer, apontando melhorias nas estratégias de prevenção8,9, diagnóstico precoce10, tratamento11 e cuidado ao paciente em fim de vida12. Considerando  que,  para  estruturar  um  sistema  de  saúde  capaz  de  superar  iniquidades  na  área  da  atenção  ao  câncer, se faz necessário ter profissionais/trabalhadores altamente qualificados13 e desenvolver pesquisas sustentáveis e inovadoras14, também é interesse da RBC a publicação de artigos que versem sobre tais temas.Neste  fascículo,  com  intuito  de  ampliar  essa  discussão,  serão  publicados  três  artigos  de  opinião  redigidos  por  pesquisadores especialistas no tema, além de outros estudos que contribuem substancialmente para a compreensão do modelo de atenção ao câncer no SUS.   A RBC, comprometida com a ciência, com os direitos do cidadão e com a melhoria das condições de vida dos indivíduos com câncer, pretende continuar colaborando com esse debate, sendo um canal de disseminação de opiniões, análises, avaliações, e proposições sobre o tema, fomentando o diálogo interdisciplinar e intersetorial por meio da produção científica no campo da cancerologia.
Alguns artigos:

Disponível em: Revista Brasileira de Cancerologia 2018; 64 (2)

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2019; 26 (2)

En julio de 2019, la revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos cumple 25 años. Sin duda, es un aniversario significativo. Han sido 25 años haciendo de la historia de la ciencia y de la historia de la salud actividades legitimas, relevantes, fundamentales.
Las conquistas conseguidas en estos 25 años no fueron producto de un desarrollo lineal. Progresivamente la revista fue forjando, con avances y retrocesos, sistemas profesionales de manejo de manuscritos, políticas editoriales consistentes e instrucciones claras para los autores. Algunos años marcaron ese devenir. Por ejemplo, demoramos hasta 2006 para establecer una periodicidad trimestral y, aunque el primer suplemento anual apareció en 1998, solamente a partir del 2001 fue una costumbre publicar por lo menos un suplemento al año. En 1998, empezamos a tener una versión digital cuyos downloads rápidamente superaron el número de ejemplares de la edición impresa. En 2013, los artículos comenzaron a recibir el esencial DOI (Digital Object Identifier), que los identifica en cualquier parte del mundo. En 2000, nos incorporamos al ambicioso y acertado proyecto de la Biblioteca Electrónica Científica Online, conocido como SciELO, y dos años después ya estábamos en la exigente base de datos Medline, elaborada por los Institutos Nacionales de Salud de los Estados Unidos. Ello se sumaba al Sociological Abstracts, la primera indexación internacional que tuvo la revista, en 1996, y a las que vendrían después como Thomson Reuters, basada en un proyecto diseñado por el norteamericano Eugene Garfield en los años 1950. Y más recientemente, en el 2015, comenzamos a formar parte de la base de datos mexicana Redalyc (Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe). También en 2006, iniciamos la traducción de algunos de los artículos al inglés y, al mismo tiempo, a recibir cada vez más artículos en español e inglés provenientes de distintos países (actualmente,  casi la mitad de los artículos publicados en cada número son elaborados por autores de afiliación extranjera o investigadores en instituciones extranjeras). En 2007, conseguimos la codiciada categoría “A” en varias disciplinas adicionales a la historia – en esa disciplina ya ocupábamos ese lugar en el ranking – en el sistema brasilero de calificación de revistas conocido como Qualis.
El aniversario es memorable también porque, a pesar de los logros científicos y editoriales, la revista nace, se hace y destaca en un país, Brasil, y en una región, América Latina, donde graves problemas resurgen con tenacidad, ahogando la continuidad académica, institucional y política. História, Ciências, Saúde – Manguinhos ha tenido que superar el escepticismo que existía en varias partes del mundo donde se dudaba que en el sur pudiese ser publicada una revista de calidad. Durante estos años, la revista ha remontado a una adversidad recurrente, caracterizada no solo por recursos insuficientes sino por un medio difícil y complejo que no está dirigido a liquidar por completo la investigación mas a dejarla apenas sobrevivir. El productivismo y la obsesión en la gestión como una panacea, que tienen un claro tinte neoliberal, insisten en glorificar un océano estéril formado de enrevesados formularios, 378 História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro demostraciones milimétricas de actividades y certificados estampados de sellos inútiles. De esta manera se olvida la lección del laberinto de leyes coloniales latinoamericanas, cuando los controles alentaban el ocultamiento de lo que realmente sucedía. Y, también, de esta manera, los científicos pierden uno de sus bienes esenciales más preciados: tiempo. Sin embargo, existen focos de resistencia a la adversidad y a la discontinuidad, dispuestos a enfrentar los retrocesos políticos y desafíos científicos. História, Ciências, Saúde – Manguinhos es uno de ellos e intentará seguir siéndolo. Felizmente puede aprender e inspirarse en su rica trayectoria, así como en las de otras revistas destacadas de Fiocruz, de Brasil y de América Latina. Por ello vemos con optimismo el futuro y decimos en voz alta: ¡25 años más!
Entre jalecos, bisturis e arte de fazer política
La historiografia de la fiebre amarilla en América Latina desde 1980: los límites del presentismo
Disponível em: História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2019; 26 (2)