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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (1)

 



Em 2017, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas completará 50 anos. Criada em 1967 com o objetivo de desenvolver a especialidade e os Laboratórios Clínicos, a SBAC vem produzindo desde então um sistema capaz de apoiar a estruturação e o aprimoramento de seus associados, servindo como referência científica e administrativa para o mercado – dentro e fora do Brasil.

 Sempre sensível aos obstáculos criados pelo cenário político e econômico do país, a SBAC procura soluções para lidar com os desafios que surgem, se mantendo atuante junto aos órgãos reguladores e governo para que possamos expandir o setor. Para isso, apostamos na parceria entre profissionais de análises clínicas, representantes de sociedades, sindicatos e conselho.

 Assim, o fortalecimento político do setor se tornou prioridade para a entidade, acarretando no comprometimento com importantes bandeiras – como a recomposição dos valores das tabelas de remuneração do SUS, a desoneração tributária do segmento, a abertura de linhas de crédito e a tentativa de controlar cooperativas que concorram com serviços laboratoriais. Além disso, estamos buscando alternativas para que os pequenos e médios laboratórios possam adquirir seus insumos com preços mais acessíveis.

Hoje, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas conta com mais de 12.000 sócios efetivos inscritos, e possui Regionais e Delegacias em vários estados do país. Uma das maiores vantagens em se tornar um associado SBAC é o acesso à informação científica de altíssima qualidade, além da possibilidade de obter descontos em todos os seus programas, periódicos, nacionais, congressos (internacionais, nacionais e regionais) cursos e eventos.


Vejamos alguns artigos:

Bioética e relato de casos clínicos

Beta-Talassemia Menor e o risco de aterosclerose: o papel do estresse oxidativo eritrocitário e dos níveis de paraoxonase-1 como fatores agravantes

Infecção relacionada à assistência à saúde associada a Acinetobacter baumannii: revisão de literatura

Relação entre o desenvolvimento do melanoma cutâneo e o estresse oxidativo

Avaliação da função renal na doença renal crônica

New Delhi metalobetalactamase (NDM): uma revisão

Biomarcadores da função renal: do que dispomos atualmente?

Nível sérico de antígeno prostático específico em usuários de um laboratório clínico de Novo Horizonte, São Paulo

Perfil de alterações no hemograma de pacientes HIV+


Disponível em: Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (1)

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Revista Bioética 2024

 


    Exatos 22 anos separam o lançamento de Bioética: ponte para o futuro, do cancerologista norte-americano Van Rensselaer Potter 1, do desembarque dessa abordagem no Brasil. Coube ao Conselho Federal de Medicina (CFM) a responsabilidade de apresentar à comunidade científica e acadêmica nacional a primeira publicação a tratar desse tema com profundidade

Alguns artigos:

(Re)pensar a bioética: análise interseccional dos direitos sexuais e reprodutivos

Inconstitucionalidade da criminalização do médico pela prática da eutanásia

Bioética como ciência da sobrevivência: análise do abuso do conhecimento

Mortalidade em domicilio durante pandemia de covid-19

Disponível em:

Revista Bioética 2024

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Revista Bioética 2023; 31 (3)

 



     Revista Bioética, com as recentes publicações, segue atualizando e ampliando conhecimento em diversos temas de relevância para a ética, a vida e as humanidades em sua amplitude universal, numa visão bioética inserida em diferentes implicações éticas e morais.
    Os trabalhos que publicamos nesta edição apresentam temas de relevância, como o ensino da bioética, e trazem reflexões sobre as mudanças ocorridas nesse contexto diante de uma crise sanitária, avaliando participação, produção coletiva e propósitos relacionados às atividades remotas durante a pandemia de covid-19.
    Com esta breve divulgação de temas tão desafiadores, esperamos que esta edição apresente a bioética como um caminho de reflexão e estímulo perante temas sensíveis relacionados à saúde e à dignidade do ser humano.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Revista Bioética 2023; 31 (2)



    Nesta edição, a Revista Bioética traz estudos e abordagens sobre assuntos como espiritualidade e dor, cuidados paliativos, morte social, comunicação de más notícias no contexto infantil, empatia médica, suicídio e práticas oncológicas. Esses temas permeiam a prática médica e impactam a vida de pacientes na evolução da saúde, proporcionando contínua transformação e ampliando a visão bioética para a humanidade.

    Na atualidade, o médico enfrenta o tecnicismo da medicina, tendo que lidar com os benefícios científico-tecnológicos e a capacidade afetiva, e, ao mesmo tempo, ponderar os princípios da ética médica, que norteiam a profissão, respeitando-os independentemente dos sistemas modernos tecnológicos. Assim, é evidente a necessidade de formação e atualização de conhecimentos técnicos dos profissionais da medicina e áreas afins para garantir um atendimento de qualidade e respeito à dignidade da pessoa humana.

Alguns artigos:

Morte social da população idosa salientada em tempos de pandemia

Percepção dos profissionais sobre a alimentação/nutrição em cuidados paliativos

Consentimento para processamento de dados de pesquisa em prontuários médicos

Bioética e psiquiatria: escassez de literatura recente no Brasil

Disponível em:

Revista Bioética 2023; 31 (2)

sexta-feira, 8 de março de 2024

Revista Bioética 2023; 31 (1)

    


       Em 2023, como reflexo de um fluxo de trabalho contínuo, a Revista Bioética traz várias novidades e perspectivas para o seu crescimento e aprimoramento. Dentre elas, diz respeito à criação de uma comissão própria com o objetivo de auxiliar os editores e dar mais celeridade ao processo inicial de tramitação dos artigos. 

     No início deste ano a Revista Bioética passou a ser uma publicação continuada, seguindo os Critérios, políticas e procedimentos para a admissão e a permanência de periódicos científicos na Coleção SciELO Brasil. 

       Contribuições sobre os vários temas abordados pela revista – tais como a pandemia de covid-19 no contexto bioético; a questão bioética e as limitações às liberdades em tempos de covid-19; bioética, empatia e a perspectiva de Spinoza; considerações éticas sobre estudo de vacinas controladas com placebo em mulheres grávidas; além de artigo sobre elaboração e validação da escala brasileira de percepção sobre eutanásia –estimulam a leitura e a colaboração crescente dos autores. Este é o principal motivo das mudanças editoriais visando qualidade, relevância e reconhecimento internacional para a Revista Bioética.

Alguns artigos:

Autonomia do paciente ante a vacinação contra covid-19 

Bioética e limitações às liberdades em tempos de covid-19 

Abordagens à covid-19: bioética, empatia e a perspectiva de Spinoza 

Disponível em:

Revista Bioética, 2023; v. 31 n. 1: Publicação continuada  

 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Revista Bioética 2022; 30 (4)




    Quando foi impulsionada no século XX, sobretudo pela feliz iniciativa de Van Rensselaer Potter de construir uma ponte para um futuro melhor, a bioética buscava a universalidade. Daí fala-se desde o início em uma bioética global, por se pensar, então como agora, que esta nova ideologia só teria êxito se fosse implementada em todas as sociedades e em todas as culturas da humanidade.

      Nessa busca pela universalidade, a bioética também deve assumir o desafio estratégico de interagir com outras áreas científicas, como a one health ("uma só saúde"). Isto é, precisa aceitar que tem também o dever de promover a saúde global e que essa é uma responsabilidade histórica das gerações atuais para com as vindouras.
 
      Nesta fase pós-pandêmica importa que existam esforços concertados no plano internacional para que problemas de saúde que ultrapassam um país, ou um continente, sejam eficazmente combatidos por uma ética global para uma saúde global. Ou seja, ética global e saúde global são parte de um todo indivisível.
 
        A bioética e o biodireito devem ter a capacidade de prever a evolução da medicina, da ciência e da tecnologia, apresentando respostas eticamente adequadas, de modo que os cidadãos se sintam tranquilos e confiantes com o avanço da ciência e a integridade dos pesquisadores. Daí a enorme relevância dos comités de ética em garantir os valores éticos nucleares da medicina e os princípios e boas práticas de conduta na investigação.
 
      Em síntese, essa encruzilhada em que se encontra a bioética pode ser uma enorme janela de oportunidade de reinventar um novo caminho e se projetar definitivamente em escala mundial. Assim, a bioética deve adaptar-se à realidade conjuntural de cada sociedade, promovendo sempre os valores e princípios éticos universais, nomeadamente os que constam na Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas em 1948, e na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2005. Ou seja, essa geometria variável é necessária para sua sobrevivência e globalização.
 
        O ano de 2023 será, então, de enorme ambição para esta revista, que é hoje uma referência internacional da bioética.
 
Alguns artigos:
 
 
 
 
Disponível em:

        
          

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Revista Bioética 2022; 30 (3)


    Chegamos ao segundo semestre de 2022 e a Revista Bioética segue seu caminho comemorando 30 anos de história com muitas homenagens e trazendo reflexões, renovação e atualização. Assim, buscamos esperanças para o futuro pós-pandemia num cenário de novas realidades mundiais. 

    Desde seu estabelecimento como disciplina e campo do conhecimento, entre o final dos anos 1960 e o começo da década de 1970, a bioética tem evoluído em muitos contextos, difundindo-se em diversas áreas científicas e acadêmicas, em especial nas ciências biológicas e da saúde. Além disso, como está intrinsecamente ligada à ética e à filosofia, no caminhar da construção e aplicação do conhecimento, a bioética oferece referências para avançar nas complexas discussões sociais e humanas pós-modernas. 

    Diante disso, a perspectiva de futuro da revista é motivar essas discussões, considerando a relevância da tecnologia e da inovação, que avançam com todas as áreas de conhecimento e seus processos, sem esquecer que ainda persistem as contradições da miséria e desigualdades entre os povos.

Alguns artigos:



Disponível em: 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Revista Bioética 2022; 30 (2)

Neste ano de 2022, a Revista Bioética completa 30 anos de existência. Em sua gênese, muitas transformações ocorreram em nosso país, em especial após 1988, com a promulgação da Carta Magna, que trouxe princípios sobre a dignidade humana e autonomia. Assim, em 1992, acompanhando o contexto ético e bioético do Brasil, conselheiros concretizaram o sonho de criar este periódico, que tem sido uma contribuição inestimável aos mais diversos temas, não apenas no campo da biomédica, como também em filosofia, direito e outros, abordando a bioética no contexto da sobrevivência humana e planetária. 
 A pandemia de covid-19, iniciada em 2020, levantou reflexões bioéticas para discussões humanísticas que norteassem o momento de transformações que vivenciamos e as a dificuldades enfrentadas em todo o mundo. Isso colocou em pauta educação e assistência em saúde, responsabilidade social e o papel do Estado, considerando todas as circunstâncias enfrentadas por profissionais e gestores de saúde, além das novas tecnologias de comunicação. Discussões sobre a formação em ética e bioética para profissionais de saúde indicam desafios no Brasil e no mundo, visto que são abertas muitas escolas de medicina que não garantem a qualidade do ensino e a formação do profissional.Com isso, surgem preocupações quanto ao futuro da medicina e da saúde como um todo, pois princípios éticos, humanísticos e bioéticos são consolidados durante a graduação. Nesse sentido, o ensino da ética em consonância com os direitos humanos e a bioética revelam que as humanidades são o pilar das relações interpessoais, demonstrando que estudos sobre esta temática são essenciais. 
 Que em 2022 a Revista Bioética continue trazendo debates com troca de conhecimentos e experiências e oferecendo a oportunidade de compartilhar reflexões e propósitos éticos! Ainda em tempos de pandemia e pós-pandemia, muitos dilemas éticos e bioéticos nos provocarão e contribuirão para nossos debates na busca do bem da humanidade.
Alguns artigos:




sexta-feira, 30 de abril de 2021

Revista Bioética 2019; 27 (4)

Saúde e medicina no Brasil - Um novo caminho se inicia com a nova gestão do Conselho Federal de Medicina (CFM). Um fenômeno inédito aconteceu no Brasil, em que colegas, independentemente da vinculação a instituições médicas, foram eleitos por seus pares na esperança de que a medicina recupere seu prestígio e sua dignidade como a nobre profissão que sempre foi.

Impossível desvincular o fenômeno político da mudança na presidência da República, nos ministérios e no direcionamento ideológico vivido por mais de 30 anos no Brasil, que resultou na proletarização do trabalho médico e desprestígio da classe. 

Com o passar dos anos, os médicos se deram conta de que política é economia concentrada e que não chegaremos a lugar algum sem nos importar com esse aspecto, ainda que as melhores técnicas cirúrgicas e a excelência dos tratamentos sejam aprendidas nos livros, congressos, cursos práticos etc. As políticas de saúde interferem diretamente na vida de todos. Fundamentos da proteção da dignidade humana e do cidadão nas instituições do Poder Judiciário, na Ordem dos Advogados do Brasil e no Ministério Público são reflexo do anseio de cidadãos pelo direito à saúde devido a falhas do Poder Executivo. Em relação aos médicos, o Código Civil 1 , o Código de Defesa do Consumidor 2 , o Estatuto da Criança e do Adolescente 3 , o Estatuto do Idoso 4 e as leis ordinárias têm aumentado as esperanças quanto à obtenção do direito à saúde. Por sua vez, o CFM analisa questões que regulam a atividade médica, adequando as demandas atuais à realidade social, sem olvidar da necessidade de filtrar e pontuar, de forma ética, todos os questionamentos que surgem. 

O ilustre médico gaúcho, professor Dr. Mário Rigatto 5 , autor do livro “Médicos e sociedade”, editado em 1976, foi visionário nesse sentido. Apontou como conquistas na área médica no século XX a preservação do organismo sadio (vacinas, antibióticos), a substituição de partes do organismo (próteses, transplantes), drogas para emagrecer, hormônios, pílula anticoncepcional e fortificantes. Para o século XXI, sugeriu que a tônica seria a preservação do organismo sadio e que a saúde estaria muito mais nas mãos de governantes, legisladores, sociólogos e educadores do que nas dos médicos. Afirmou também que a medicina teria como importantes missões prevenir o câncer, dominar o processo do envelhecimento, melhorar a performance das proteínas cerebrais e da memória, promover descobertas na área da genética e possibilitar a otimização intelectual com computadores. Previu ainda que os médicos perderiam prestígio. Protestos, ameaças e reformas político-ideológicas não poderiam evitar o paradoxo da perda de prestígio social e do sucesso financeiro do passado. Fé e crença são fatores místicos que fizeram parte da vida e da atividade médica por muitos anos. Os recursos da relação médico-paciente, como calor humano e simpatia, fizeram esses profissionais serem tratados como deuses. Mas hoje talvez os únicos médicos que ainda encantem sejam os psiquiatras, pelo fato de trabalharem com valores de difícil mensuração.

Se em 1969 já éramos o país com mais faculdades de medicina, proporcionalmente à população – segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde de 1971, havia no país 90,8 milhões de pessoas e 73 faculdades de medicina  –, imaginemos agora, com 210 milhões de pessoas  e 340 escolas médicas .

Neste contexto social e cultural, em que ao mesmo tempo temos grandes inovações tecnológicas e cada vez mais questões éticas, iniciamos a nova gestão da Revista Bioética, procurando trazer assuntos atuais que espelham nossa realidade e suas implicações no contexto da bioética. 

Veja os artigos abaixo:

Interfaces entre saúde coletiva e bioética: a nanotecnologia como objeto-modelo

Prática confortadora ao idoso hospitalizado à luz da bioética

Disponível em: Revista Bioética 2019; 27 (4)


terça-feira, 28 de julho de 2020

Revista Bioética 2019; 27 (2)

Bilhões são gastos anualmente com pesquisas no campo da genética, para clonar criaturas extintas, tornar o ser humano mais resistente às doenças, menos sujeito ao estresse e a outros males que acarretam doenças e desgastam o organismo. A tecnologia é usada também para não deixar que o corpo envelheça; para usar animais modificados em nossos projetos de vida, tanto na paz quanto na guerra. A luta obstinada e sem limites contra a morte afeta toda a sociedade e as representações coletivas sobre o sentido da vida e o valor do corpo, mas atinge, sobremaneira, o cotidiano dos que cuidam de pacientes terminais. 

Dúvidas assolam a mente desses profissionais e os fazem usar de todos os meios para manter o paciente vivo. É dever absoluto mantê-lo vivo? A morte resulta do fracasso da técnica e do conhecimento médicos? Há a possibilidade de responsabilização ética, civil e criminal pela morte? São questionamentos comuns, frequentemente apresentados nos artigos de atualização e pesquisa da Revista Bioética, que podem desencadear angústia e descontrole nas equipes de saúde. Tal sensação atinge principalmente os que trabalham no leito de morte com quadros irreversíveis.

É essencial que os profissionais de saúde que cuidam desses doentes e de suas famílias tenham conhecimentos mínimos sobre o tema, ao menos os contidos nas seguintes publicações e conceitos: Constituição Federal 12; Código de Ética Médica 2019 8; Resolução CFM 1.805/2006 4; Resolução CFM 1.995/2012 10; dos princípios, valores e conceitos bioéticos; conceitos de eutanásia, mistanásia, distanásia, suicídio assistido e cuidados paliativos, para que possam dialogar entre si, no dia a dia da equipe de saúde, aprimorando sua habilidade de comunicação com o paciente ou representante legal, além de parentes eventualmente presentes. O que vale para qualquer paciente é imperativo para aquele em fase terminal: o direito de saber, de decidir, de não ser abandonado, de ter tratamento paliativo e não ser tratado como “objeto”.

O conceito de mistanásia pode ser aplicado também ao orçamento da educação, área que se interconecta diretamente com a saúde, pois ambas estão ligadas ao processo contínuo de fomentar a cidadania. Educação é a chave para o crescimento social e econômico, para a supressão da iniquidade, a conquista definitiva e palpável dos direitos fundamentais da pessoa. Tanto que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entrelaça três dimensões básicas: renda, educação e saúde 16.

Neste momento em que a saúde e a educação no Brasil parecem gravemente ameaçadas por cortes orçamentários decorrentes da diminuição das expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os editores da Revista Bioética sentem-se instados a juntarem-se aos educadores, pesquisadores, estudantes, sanitaristas, médicos, enfermeiros e os demais grupos profissionais que clamam por mais ponderação sobre a dotação dos recursos da União. Saúde e educação precisam ser prioridade sempre. A manutenção e principalmente o aperfeiçoamento constante da qualidade das políticas públicas que garantam o acesso universal nestas áreas são essenciais para a construção da equidade e cidadania para todos.

Vejam  alguns artigos:














sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Revista Bioética 2018; 26 (3)


A Revista Bioética, editada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1993, vem cumprindo nestes 26 anos sua missão institucional de fomentar a discussão multidisciplinar e plural dos temas de bioética e ética médica para estimular a formação acadêmica e o aperfeiçoamento constante dos profissionais de saúde. Consoanteà missão do próprio CFM de assegurar, defender e promover o exercício legal da medicina e as boas práticas da profissão, o periódico vai ao encontro também do disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em medicina, cujo artigo 3º do Capítulo I, que define as diretrizes da formação, específica.
Atualmente, A Revista Bioética é a única publicação brasileira exclusivamente dedicada à bioética,indexada em base de dados internacionais (Scielo, Latindex, Doaj, Redalyc, Lilacs), sendo os artigos também disponibilizados no site do CFM e pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Por isso o periódico tem importante papel na comunicação da pesquisa em bioética no país, publicando, dentre outros, artigos dos cursos de pós-graduação em bioética e trabalhos da disciplina bioética dos cursos dde graduação. A seleção dos trabalhos prioriza aqueles que contribuam para o estado da arte, discutindo conceitos, propostas, técnicas e processos na atenção à saúde e que podem ser analisados à luz da bioética, abrangendo ainda estudos voltados à educação neste campo.
O periódico convida regularmente os integrantes do corpo editorial e outros autores de renome a colaborar com artigos para publicação, embora a contribuição espontânea seja cada vez mais frequente. Todavia, como especificado anteriormente, todos os trabalhos submetidos - até mesmo de autores convidados - passam por avaliação em sistema duplo-cego, podendo, inclusive, ser rejeitados. Porém, em decorrência da qualidade da contribuição desses colaboradores, tal situação não é comum. Não são publicados números especiais ou dossiês, mantendo-se apenas a periodicidade instituída anualmente.
Atendendo à solicitação do Scielo, as normas editoriais especificam que a partir de fevereiro de 2018 só serão aceitos manuscritos cujos autores se identificarem por Orcid. Para efetivar essa solicitação, providenciou-se a obrigatoriedade do preenchimento do respectivo campo, quando a submissão for feita a partir dessa data. Para assegurar a informação nos trabalhos enviados à avaliação antes daquele mês, a identificação é solicitada sistematicamente nas cartas aos autores, que  acompanham a edição inicial do manuscrito e detalham as primeiras alterações.
Como informado, a Revista Bioética publica em português, inglês e espanhol, buscando não apenas a internacionalização do periódico, mas da própria bioética brasileira, que tanto adota parâmetros universalistas relacionados à ética e às boas práticas de atendimento clínico (calcados em propostas teóricas eminentemente forâneas) como reflete também a especificidade sanitária e epidemiológica do contexto social, econômico, cultural e ambiental de nosso país. Tendo iniciado a publicação bilingue em português e inglês em 2010, com tradução feita por empresa especializada, adotou-se em 2014 a publicação nos três idiomas para intensificar ainda mais a difusão e colaborar para a consolidação da bioética.

Alguns artigos:





quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Revista Bioética 2017; 25 (3)


Há algum tempo um debate toma corpo e se intensifica Brasil afora, criando caminhos de dúvidas, reflexões e novos conhecimentos que não se podem ignorar. Essa discussão vem, em alguns casos, assumindo ares de contenda institucional, com projetos de leis tramitando e consultas chegando ao Supremo Tribunal Federal (STF). Lideranças da sociedade civil , dos três poderes e outros cidadãos estão interessados, formando os grupos esperados: favoráveis, contrários e diferentes. No caso, à liberação do uso da maconha.

O colóquio, mesmo que em baixo tom, se faz presente nos lares, colégios, universidades, templos, bares,tribunais, prisões e nos lugares mais longínquos do país. Como qualquer debate, da escalação da seleção brasileira de futebol a medidas econômicas do governo, surgem milhares de "especialistas" de todos os matizes. Uns bastante credenciados, outros nem tanto, muitos por preocupação pelo que possa ocorrer à sociedade, alguns pela necessidade de emitir seu sentimento ou aprender um pouco mais sobre o tema. aplausos, críticas e moderação a depender da personalidade e sensibilidade de cada um.

Não se discute que deve acabar ou ao menos diminuir o número de pessoas envolvidas com a dependência de drogas lícitas (álcool, tabaco) ou ilícitas (maconha, cocaína). Na gravidez, o consumo provoca os mesmos malefícios para o feto que o tabaco. Causa dependência equivalente e problemas no desenvolvimento do cérebro. Portanto, é fundamental que cada vez menos crianças e adolescentes sejam iniciados nessas práticas, para que tenhamos uma sociedade livre de drogas ou que as drogas estejam sob controle, ao menos parcialmente. Liberar uma droga que causa tantos malefícios à saúde como a Cannabis sativa não deve ser a melhor solução.

Quem sabe, para dificultar a ação da organização, cortar seus lucros ou usar a inteligência disponível das polícias e forças armadas, pois afinal trata-se de caso de segurança nacional e de garantir um amanhã promissor para nossos jovens, futuros mandatários da nação. Para prender os verdadeiros donos das drogas e armas, os verdadeiros chefes, poderíamos tentar "seguir o dinheiro", com as técnicas conhecidas e, muitas delas, criadas no país durante o combate à corrupção, o que nos permitiu formar competentes especialistas nas nossas trincheiras. Podem usá-las, pois são estratégias legais e liberadas no país.







segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Revista Bioética 2017; 25 (2)

É bem possível que a ética tenha sido a primeira preocupação dentre todas as que motivaram reflexões desde os primórdios da cultura ocidental, pondera Franklin Leopoldo e Silva, no primeiro artigo do primeiro número da Revista Bioética, "Breve panorama histórico da ética. Podemos afirmar, sem receio, que a bioética evoluiu mundialmente, em especial no Brasil, ganhando em importância e credibilidade, aumentando o rol dos temas discutidos, crescendo em interesse, em número de especialistas, pós-graduados, pesquisadores, cursos e publicações. Nas universidades também se observa interesse crescente, envolvendo, cada vez mais, alunos, professores e pesquisadores. Comissões são criadas em hospitais e conselhos de medicina, com apoio e estímulo do CFM. 
Nunca se discutiu e publicou tanto nessa área do conhecimento. Em todos os setores, frentes se abrem e dão lugar à conscientização e ao entendimento de que é preciso perceber o que acontece, para que se possa organizar estratégias de enfrentamento que incluam estudo sistemático, colaboração, pesquisa, discussão e consenso sempre que possível. A divulgação por todas as mídias, aproveitando todas as oportunidades que se apresentem para promover debate e aprendizado também tem papel fundamental neste momento. O desafio é a transformação.
Vivemos um momento triste, eivado de riscos e dúvidas, mas que nos oferece oportunidade ímpar de formulação de uma nova ciência, contemporânea e indispensável, analítica, mas formuladora, complexa, como é desde sua origem, mas acessível e imprescindível, reconhecida e respeitada. Acreditamos na recuperação da Terra, na preservação da saúde e da vida dos nossos irmãos e no nascimento de um novo tempo, científico, de análise global e não aos pedaços, filosófico, tecnológico, solidário, humano e misericordioso. 

O direito à saúde bucal na Declaração de Liverpool

Fluoretação da água de abastecimento público: abordagem bioética, legal e política

Problemas éticos e justiça social na Estratégia Saúde da Família

Disponível em: Revista Bioética 2017; 25 (2)

Revista Bioética 2017; 25 (1)

O processo  de construção  do acesso ao conhecimento, experimentado coletivamente nas sociedades que têm a educação como prioridade, cria bases para a manutenção da identidade étnica e social. Também permite entender os embates com os mais perversos aspectos da globalização: as forças fragmentadoras (que forjam e estimulam preconceitos) e as massificadoras (que disseminam e legitimam a intolerância). Ou seja, a educação se revela ferramenta para estimular a emancipação das pessoas e da sociedade. 
O reconhecimento da qualidade fez que a Revista Bioética fosse a única do país em seu campo de atuação a conquistar indexação em bases de dados internacionais, como Lilacs, SciELO, Redalyc, Latindex, Periódica, Ebsco, Doaj. Tal feito é considerável para uma publicação científica da América Latina, que desafia os cânones do modelo hegemônico da bioética e traz artigos voltados à dimensão social do processo saúde e adoecimento, como consolidado na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
No momento atual, parece que o primeiro passo para efetivar esse processo é resgatar a esperança, que anda combalida nos desvãos da cidadania. A perda da expectativa por dia melhores fraturou a sociedade e solapou a tolerância, cuja falta alimenta o caos em que agora mergulha o país. Esperança, tolerância, respeito, dignidade, integridade, e justiça são ingredientes que não podem faltar no pacto social, pois seu estímulo é fundamental para enfrentar as adversidades inerentes à superação dos limites históricos e culturais da formação do país e garantir que, enfim, a justiça social prevaleça. Alcançar essa meta é o objetivo da Revista Bioética, e conclamamos nossos colaboradores e leitores a compartilhá-lo.




quinta-feira, 25 de maio de 2017

Revista Bioética 2016; 24 (2)

Nesse editorial buscamos alertar que "qualquer ameaça à manutenção desse direito [à saúde] causa extrema preocupação, dado ser um dos marcos da consolidação da democracia brasileira, firmado pela Constituição de 1988 e implementado dois anos depois por intermédio da Lei Orgânica da Saúde, que estabeleceu os princípios reguladores e a forma de organização do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a ideia de que não podemos perder direitos constitucionalmente adquiridos, como o acesso universal a saúde e educação, compõe a pauta atual de reivindicações da sociedade brasileira [...]
Assim, é possível afirmar que no Brasil a teoria ética e a ética aplicada deram-se as mãos para produzir o diálogo bioético, promovendo comunicação profícua, voltada a orientar as políticas públicas e as práticas em saúde da sociedade. Foi esse consórcio instrumental entre teoria e prática, tanto quanto a luta política ou ideológica, que “politizou” a bioética, permitindo que ensino e pesquisa pudessem responder aos conflitos em saúde da população brasileira."

Utilização de animais em pesquisas: breve revisão da legislação no Brasil

Práticas educativas sobre violência contra a mulher na formação de universitários

Eutanásia e suicídio assistido em países ocidentais: revisão sistemática

Disponível em: Revista Bioética 2016; 24 (2)

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Revista Bioética 2015; 23 (3)


Nesse editorial procuramos discutir, em linhas gerais, o cenário em que se inscrevem as plataformas regionais que publicam em acesso livre a produção científica no Brasil, na América Latina e no Caribe, e, a partir daí, descrever alguns conflitos éticos que afetam direta e indiretamente os periódicos, tendo em vista que o processo incide diretamente também no campo da bioética.
Essa exortação pela construção coletiva de um saber não monolítico e plural por meio da bioética é uma tentativa de trazer à luz parte da problemática que afeta a produção científica dos países periféricos. Verifica-se que, apesar de iniciativas como o Scielo e Redalyc, o preconceito ainda existe, como demonstra o post de Beall. Embora crítica esta análise restringe-se a indicar perspectivas antagônicas, não aprofundando a discussão sobre outros aspectos fundamentais do etnocentrismo hegemônico como a subsunção das línguas nativas nos próprios contextos nacionais, que vêm sendo discutidos pela opção descolonial, que extrapolariam os limites de um editorial.







Disponível em: Revista Bioética 2015; 23 (3)

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

História, Ciências, Saúde: Manguinhos 2015; 22 (4)

Publica artigos e notas de pesquisa inéditos, documentos e imagens de valor histórico, debates, entrevistas e resenhas de livros e produções digitais relevantes para a história das ciências e da saúde.












sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Revista Bioética 2015; 23 (2)


Cabe lembrar que este periódico, além de ser o único do país voltado especificamente para o campo da bioética, conseguiu ser indexado em prestigiadas bases de dados internacionais. Tal conquista lhe impõe a responsabilidade de atender à crescente demanda pela reflexão bioética nas disciplinas de ética médica e, especialmente, bioética dos cursos de formação em medicina e outras áreas de saúde, bem como de responder e fomentar o crescimento do campo, conduzido em grande medida pela produção acadêmica de pós-graduação. A melhoria na classificação do periódico nessas áreas de avaliação da CAPES - Interdisciplinar, Ensino, Medicina I, Medicina II e Direito - em muito contribuirá para que o periódico, na pessoa dos editores e do corpo editorial, possa enfrentar o desafio de difundir o conhecimento ético com mais eficiência, eficácia e efetividade.







Disponível em: Revista Bioética 2015; 23 (2)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

História, Ciências, Saúde: Manguinhos 2015; 22 (1)

En este número de la revista se discuten varios asuntos vitales para este debate enla salud global contemporánea como la bioética, la potencialidad de la cooperación sur-sur para redefinir la agendade salud internacional e superar la fragmentación de las agencias nacionales e internacionales de salud, y la interface entre las dimensiones internacionales, nacionales y locales en la historia de la salud latinoamericana y global.
Este número no hubiera sido posible sin la valiosa cooperación y apoio de la Organización Panamericana de la Salud. La importancia del papel que esta organización cumple en los asuntos que aquí se tratan aparece reflejada en algunos de los estudios que publicamos. Esperamos que la lectura de los artículos de este número nos ayude a comprehender y asumir los desafios que enfrentamos y enfrentaremos en el 2015 y en los años siguientes.