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terça-feira, 30 de agosto de 2022

História, ciências, saúde - Manguinhos 2021; 28 (1)


 Novas instruções aos autores e o futuro do artigo científico em ciências humanas

 Há alguns anos escutei um sábio conselho de um destacado funcionário do SciELO: é saudável e necessário atualizar regularmente as instruções aos autores de revistas. Durante os últimos meses, nós da equipe editorial de História, Ciências, Saúde – Manguinhos, junto com os editores adjuntos e de seção, dedicamo-nos a seguir esse conselho e elaboramos novas instruções, que anunciamos neste número. Estão agora mais claras e modernas, e significam um esforço na direção do movimento de ciência aberta, que é mais amplo que o de acesso aberto a documentos, já defendido por grande parte das revistas brasileiras há muitos anos (Santos, Guanaes, 2018). A redação de um artigo científico costuma ser considerada o momento final e exitoso de uma boa pesquisa, e muitas vezes um trabalho é submetido a uma revista sem estudo prévio das normas específicas da publicação. Isso é um erro. Há uma penúltima fase que deve ser seguida com rigor: a preparação do texto para publicação (a última é a resposta cuidadosa aos comentários dos avaliadores – que quase nunca aprovam a primeira versão de um trabalho – e o envio da versão definitiva). Nessa penúltima fase não se trata apenas de corrigir erros gramaticais e melhorar o estilo, completar tabelas estatísticas e referências bibliográficas ou apresentar imagens na qualidade solicitada. O objetivo é elaborar um texto que, em uma extensão limitada, seja claro, organizado e profundo na proposição e interpretação do problema (geralmente, um ou dois por artigo), que explique a metodologia utilizada, que não fique se repetindo em torno das evidências encontradas e que estabeleça um diálogo com outros pesquisadores (Cueto, 2011). Atender a esses requisitos faz com que o texto tenha as virtudes de praxe dos bons artigos de história, como apresentar os achados de modo que transcenda a descrição; tecer conexões entre contexto, instituições e personagens; e equilibrar processos de mudança e continuidade. Do parágrafo anterior, gostaria de repetir a frase “em uma extensão limitada”, porque um erro comum em algumas submissões é pensar que um artigo pode simplesmente ser um capítulo extraído de uma tese recém-defendida ou de um livro que está sendo escrito. Não é. Trata-se de algo diferente. Não apenas porque um capítulo tem uma extensão maior e mais referências que um artigo, mas também porque um artigo é, em certa medida, “autossuficiente”. Ou seja, deve estruturar em um único conjunto todos os elementos normalmente distribuídos em uma tese ou livro.

Outro conteúdo importante deste número é a apresentação de uma versão mais elaborada de textos divulgados em nossas redes sociais sobre o coronavírus na novíssima seção “Testemunhos covid-19”. Os textos, escritos praticamente apenas por historiadores da saúde, passaram por uma ou mais avaliações, recebendo críticas e comentários que permitiram a elaboração de uma versão mais completa, atualizada e com referências. Não podemos terminar sem os nossos cumprimentos à doutora Nísia Trindade Lima, professora da Casa Oswaldo Cruz, e sem manifestar nossa satisfação por ela ter sido, merecidamente, nomeada para cumprir um segundo mandato como presidente da Fiocruz. Feito esse que nos enche de esperança em tempos de incerteza e adversidade para a ciência e a sociedade brasileiras

Alguns artigos:

Medicina baseada em evidências: breve aporte histórico sobre marcos eventuais e objetivos práticos do cuidado

Mulheres visíveis: uma perspectiva diferente na história do Instituto de Medicina Tropical em Portugal, 1943-1966

Gripe española y coronavirus en Argentina: leer el pasado y entender el presente


Disponível em: História, ciências, saúde - Manguinhos 2021; 28 (1)

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

História, ciências, saúde - Manguinhos 2021; 28 (3)

 


A história das ciências no Brasil teve em Shozo Motoyama (1940-2021) um defensor contundente. Seu recente falecimento constitui razão para demonstrar o seu comprometimento constante com o fortalecimento da história das ciências como uma área de pesquisa e de produção de conhecimentos sobre o Brasil.

Filho de imigrantes japoneses, Shozo Motoyama ingressou na graduação em física em 1964, na Universidade de São Paulo (USP), num período de crises, em meio ao golpe militar, e de debates acalorados. Foi ainda um momento de transformação no ensino superior brasileiro, . Na pós-graduação, a criação do sistema nacional de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior demarcou reformas nos cursos existentes. Concomitantemente ocorriam na USP intensas discussões sobre a criação de institutos e o desmembramento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, onde estavam inseridos os cursos de física, química, biologia, matemática, psicologia, juntamente com os cursos de humanidades, letras e educação. Ainda na antiga faculdade, estimulados pelo diretor Eurípedes Simões de Paula, os físicos formados, Shozo Motoyama, em 1967, e Maria Amélia Mascarenhas Dantes, em 1964, foram contratados para ministrar aulas de história das ciências junto ao Departamento de História, na subseção de Ciências, cadeira de História da Civilização Antiga e Medieval.

 Com o desmembramento da faculdade em 1968, e a criação dos respectivos institutos, departamentos e novas faculdades, ambos precisaram decidir entre a docência no Instituto de Física, do qual eram oriundos, e onde também atuavam, e no Departamento de História, na nova Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Shozo, assim como Maria Amélia, optaria pela transferência formal para o Departamento de História, onde ele também desenvolveu sua tese de doutoramento Galileu Galilei: um estudo sobre a lógica do desenvolvimento científico, criando, com outros, o Núcleo de História da Ciência e da Tecnologia. A defesa da tese já se daria no Programa de Pós-graduação em História Social, em 1971. A livre-docência na USP e o pós-doutorado em laboratórios de estudos sobre raios cósmicos das universidades japonesas University of Tokyo e Waseda University completaram a sua formação interdisciplinar. 

O conjunto dessas experiências permite reconhecer na produção escrita do professor Shozo Motoyama, em livros e artigos diversos, o vínculo entre as concepções sociopolíticas de busca da superação do subdesenvolvimento brasileiro, especialmente no contexto dos anos 1960 e 1970, em que o Brasil buscava, por meio do planejamento econômico, da cooperação internacional, do incentivo à ciência e à tecnologia, gerar aumento no número de empregos, ampliação das capacidades produtivas do país e, consequentemente, a esperada melhora na qualidade de vida nacional. Esse panorama geral, em conjunto com sua participação em um universo formal acadêmico também em modificação, apontou para uma vivência universitária marcada por estes dois parâmetros de atenção: pensar sobre o papel da ciência e da tecnologia tendo em vista o panorama sociopolítico do país e contribuir participando do ambiente institucional acadêmico. 

 A história das ciências no Brasil e sua historiografia seguem atualmente debates conceituais diversos, e algumas vezes muito divergentes. Quando, contudo, olhamos a história dessa produção a partir da percepção do entrelaçamento das convicções particulares com as causas coletivas, a enorme produção e a atuação empenhada do professor Shozo Motoyama ganham um valioso sentido.

Shozo Motoyama foi também fiel às suas raízes identitárias, atuando intensamente nas relações Brasil/Japão, como membro de centros de estudos, diretor do Museu Histórico da Imigração Japonesa, com livros sobre a história desses temas, assim como autor e organizador de livros sobre a história das ciências no Brasil. Tudo isso demonstrando sua dedicação à causa da universidade pública brasileira. 

Alguns artigos:

Sobre la llamada revolución psicofarmalógica: el descubrimiento de la clorpromazina y la gestión de la locura

Entre exiliados y nativos: la integración de saberes de españoles y mexicanos para el desarrollo de la neurología en México, 1935-1950

A construção histórica do conceito de enzima e sua abordagem em livros didáticos de biologia


Disponível em: História, ciências, saúde - Manguinhos 2021; 28 (3)

segunda-feira, 18 de julho de 2022

História, ciências, saúde - Manguinhos 2021; 28 (2)


 O ano de 2020 será evocado com dor, luto e consternação, mas também com admiração aos aguerridos médicos, cientistas, sanitaristas, artistas e líderes das periferias urbanas que enfrentaram a covid-19 e o poder. A criminosa ausência de planejamento, somada à escassez das vacinas, tem levado à morte a parcela mais vulnerável da população: pretos, pobres, moradores de comunidades e membros das comunidades amazônicas (Ferrari, Januzzi, Guerra, 2020).

 Nesta carta gostaria de lembrar que em toda profunda crise – social, institucional ou pessoal – temos a responsabilidade de tentar manter nossa própria saúde mental e a tranquilidade daqueles que nos cercam, amigos e familiares. Fazemos isso comemorando juntos alguma coisa boa que fizemos ou que aconteceu, por minúscula que seja em comparação à tragédia que vivemos. Por isso, peço desculpas por lembrar algumas conquistas da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos em seu volume 27, publicado em cinco números ao longo de 2020. Acredito ser um registro que complementa relatos anteriores sobre o periódico, criado em 1994 (Benchimol et al., 2007; Cueto, Silva, 2019).

As conquistas de nosso periódico em 2020 foram alcançadas em meio às incertezas que sufocaram os periódicos acadêmicos. Nossa persistência ante a adversidade se explica em grande parte porque temos um vínculo com um tesouro da cultura brasileira e latinoamericana: a Fiocruz

Assim, espero que nossos artigos de 2021 permitam vibrar a inteligência e os sentimentos de nossos leitores e iluminar a coragem de que agora precisamos.

Alguns artigos:

Aportes das ciências sociais e humanas sobre família e parentesco: contribuições para a Estratégia Saúde da Família

Oceanos, ciência e universidades: estudo científico do mar durante a Primeira República Portuguesa

A “Tabela de classificação mineral”, de Oscar Nerval de Gouvêa: mineralogia e medicina no Brasil

Disponível em: História, ciências, saúde - Manguinhos 2021; 28 (2)

quinta-feira, 30 de junho de 2022

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2020; 27(2)


La pandemia de covid-19, que viene precipitando tragedias humanas y crisis políticas en varios países evoca las crisis sanitarias del pasado y genera preguntas sobre las “lecciones” que ellas nos dejaron (Cueto, 27 mar. 2020). La historia parece ahora más que nunca sabia y fascinante. La crisis sanitaria presente nos recuerda que poseer una imagen del pasado, ya sea incompleta y contradictoria, es una necesidad fundamental de los individuos, de los gobiernos y de los países. Una o más imágenes históricas se filtran por el tejido social y por nuestras personalidades para aliviar inseguridades e incertezas, crear lazos de comunidad en un grupo, diferenciarnos de otros grupos, explicar o justificar los matices en las desigualdades sociales, y, muchas veces, para justificar los privilegios y las atribuciones del poder.

 Para ello, los historiadores profesionales de la salud han usado las herramientas que utilizan en archivos, biblioteca, en aulas universitarias y en la redacción de textos que incluyen identificar la confluencia de dimensiones biológicas y culturales en movimiento; analizar la variabilidad de los perfiles de morbilidad y mortalidad, mantener el orden en la narración cronológica; comprender la relevancia de los procesos de larga duración; buscar las interacciones entre estructuras, eventos y personalidades; contrastar los discursos y las prácticas de diferentes actores sociales; percibir la trascendencia de las percepciones, logros y hasta equívocos de pacientes, curanderos y amas de casa; usar críticamente las de diversas fuentes de información; y ser escépticos y críticos a los discursos de los políticos.

Por otra parte, este número es importante para anunciar una actividad en internet. El blog de História, Ciências, Saúde – Manguinhos lanzó, hace pocas semanas, una iniciativa para que los historiadores escriban sobre la pandemia actual refiriéndose a sus ciudades, estados, países o tratando cualquier aspecto del coronavirus que consideren relevantes. Uno de los objetivos de este proyecto es registrar eventos e ideas de Brasil y de otros países latinoamericanos así como presentar reflexiones sobre la relación de la medicina con la política que no siempre reciben la atención que deberían merecer en los medios de comunicación social. Esta iniciativa es complementaria al proyecto “Covid-19: o olhar dos historiadores da Fiocruz”, valiosa propuesta del Departamento de Pesquisa em História das Ciências da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz. 

Alguns artigos:

Higiene como prática individual e como instrumento de Estado

A contabilidade de óbitos e a organização social da morte no Brasil

Ações pioneiras do ensino de pediatria no Brasil: Carlos Artur Moncorvo de Figueiredo (Moncorvo pai) e a Policlínica Geral do Rio de Janeiro, 1882-1901


Disponível em: História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2020; 27(2)

quarta-feira, 29 de junho de 2022

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2020; 27 (1)


 Levando em consideração a perspectiva de Fee e Brow, e sua ampliação ou renovação por Timmermann, podemos dizer que a história da saúde brasileira, diante da vigência de um sistema único de saúde, tem à frente objetivos e possibilidades ainda mais desafiadores e amplos. Para além de uma atividade que buscaria a compreensão e a avaliação de iniciativas e contextos no campo da saúde, uma renovada história teria como horizonte, também, a produção de subsídios ou orientações para as práticas profissionais a partir da compreensão de dinâmicas políticas, culturais e profissionais. 

Quatro aspectos, em nossa leitura, compõem tal perspectiva. Primeiro, a história da saúde nos permite ter uma noção contextual dos problemas da população brasileira e da estrutura sanitária; ambos, socialmente determinados, são resultados de contingências históricas específicas, devendo, portanto, ser compreendidos à luz das demandas e dos constrangimentos de toda ordem. Em segundo lugar, a história da saúde nos fornece elementos para fazer uma análise crítica que discuta as práticas dos profissionais de saúde não somente como atos técnicos, mas como ações orientadas por visões políticas, ideológicas, culturais, mas também pessoais e morais. Em terceiro, a história da saúde nos dá a dimensão temporal das políticas de saúde que falam sobre seu tempo, sobre a sociedade brasileira, suas características e seus desafios. E, em quarto lugar, mas não menos importante, a história, a partir de seus contingentes de atores, potencializa a criação e o reforço de identidades institucionais.

 Nessa perspectiva, portanto, a história da saúde pode ultrapassar os limites de um conhecimento puramente erudito ou abstrato, ela pode ser uma ferramenta analítica para a formulação e implementação de políticas públicas e para a construção e/ou o aperfeiçoamento de estratégias políticas e gerenciais adotadas. Pode também contribuir para que os diferentes profissionais, em suas ações diárias no âmbito dos serviços de saúde, reavaliem condutas e práticas já cristalizadas como hábitos na rotina dos serviços. 

A operacionalização da história como ferramenta, entretanto, demanda uma reflexão sobre a formação dos historiadores e historiadoras da saúde, principalmente no que diz respeito à sua aproximação de discussões, conceitos, referenciais e métodos do próprio campo da saúde. De modo análogo ao apelo de Thomas Kuhn (2011, p.151-156) para que os historiadores da ciência conhecessem a lógica própria de seus objetos, é necessária à pesquisa em história da saúde uma compreensão das pautas colocadas hoje pelo próprio campo da saúde, de modo a aproximar as reflexões feitas pelos historiadores das preocupações de profissionais, gestores, pesquisadores em saúde e dos próprios usuários. Tal esforço também pode ser um mecanismo para demarcar um lugar específico à história da saúde nesse espaço de fronteira entre uma historiografia mais geral e o campo da saúde.

Alguns artigos:

"Descansar e dormir sem riscos": o Jornal do Médico (Portugal) e o desastre da talidomida, 1960-1962*

A "luta contra a morte": os corpos, modernidade brasileira e uma história da velhice, São Paulo e Rio de Janeiro, década de 1930

La ética e la medicina social: la perspectiva de Michel Foucault


Disponível em: História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2020; 27 (1)

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2019; 26 (2)

En julio de 2019, la revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos cumple 25 años. Sin duda, es un aniversario significativo. Han sido 25 años haciendo de la historia de la ciencia y de la historia de la salud actividades legitimas, relevantes, fundamentales.
Las conquistas conseguidas en estos 25 años no fueron producto de un desarrollo lineal. Progresivamente la revista fue forjando, con avances y retrocesos, sistemas profesionales de manejo de manuscritos, políticas editoriales consistentes e instrucciones claras para los autores. Algunos años marcaron ese devenir. Por ejemplo, demoramos hasta 2006 para establecer una periodicidad trimestral y, aunque el primer suplemento anual apareció en 1998, solamente a partir del 2001 fue una costumbre publicar por lo menos un suplemento al año. En 1998, empezamos a tener una versión digital cuyos downloads rápidamente superaron el número de ejemplares de la edición impresa. En 2013, los artículos comenzaron a recibir el esencial DOI (Digital Object Identifier), que los identifica en cualquier parte del mundo. En 2000, nos incorporamos al ambicioso y acertado proyecto de la Biblioteca Electrónica Científica Online, conocido como SciELO, y dos años después ya estábamos en la exigente base de datos Medline, elaborada por los Institutos Nacionales de Salud de los Estados Unidos. Ello se sumaba al Sociological Abstracts, la primera indexación internacional que tuvo la revista, en 1996, y a las que vendrían después como Thomson Reuters, basada en un proyecto diseñado por el norteamericano Eugene Garfield en los años 1950. Y más recientemente, en el 2015, comenzamos a formar parte de la base de datos mexicana Redalyc (Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe). También en 2006, iniciamos la traducción de algunos de los artículos al inglés y, al mismo tiempo, a recibir cada vez más artículos en español e inglés provenientes de distintos países (actualmente,  casi la mitad de los artículos publicados en cada número son elaborados por autores de afiliación extranjera o investigadores en instituciones extranjeras). En 2007, conseguimos la codiciada categoría “A” en varias disciplinas adicionales a la historia – en esa disciplina ya ocupábamos ese lugar en el ranking – en el sistema brasilero de calificación de revistas conocido como Qualis.
El aniversario es memorable también porque, a pesar de los logros científicos y editoriales, la revista nace, se hace y destaca en un país, Brasil, y en una región, América Latina, donde graves problemas resurgen con tenacidad, ahogando la continuidad académica, institucional y política. História, Ciências, Saúde – Manguinhos ha tenido que superar el escepticismo que existía en varias partes del mundo donde se dudaba que en el sur pudiese ser publicada una revista de calidad. Durante estos años, la revista ha remontado a una adversidad recurrente, caracterizada no solo por recursos insuficientes sino por un medio difícil y complejo que no está dirigido a liquidar por completo la investigación mas a dejarla apenas sobrevivir. El productivismo y la obsesión en la gestión como una panacea, que tienen un claro tinte neoliberal, insisten en glorificar un océano estéril formado de enrevesados formularios, 378 História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro demostraciones milimétricas de actividades y certificados estampados de sellos inútiles. De esta manera se olvida la lección del laberinto de leyes coloniales latinoamericanas, cuando los controles alentaban el ocultamiento de lo que realmente sucedía. Y, también, de esta manera, los científicos pierden uno de sus bienes esenciales más preciados: tiempo. Sin embargo, existen focos de resistencia a la adversidad y a la discontinuidad, dispuestos a enfrentar los retrocesos políticos y desafíos científicos. História, Ciências, Saúde – Manguinhos es uno de ellos e intentará seguir siéndolo. Felizmente puede aprender e inspirarse en su rica trayectoria, así como en las de otras revistas destacadas de Fiocruz, de Brasil y de América Latina. Por ello vemos con optimismo el futuro y decimos en voz alta: ¡25 años más!
Entre jalecos, bisturis e arte de fazer política
La historiografia de la fiebre amarilla en América Latina desde 1980: los límites del presentismo
Disponível em: História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2019; 26 (2)

quarta-feira, 8 de maio de 2019

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2018; 25 (4)

Por mucho tiempo los historiadores han trabajado con un supuesto  que pocas veces han revelado: comprender el pasado sirve para que las personas, las instituciones y los países tengan una visión a largo plazo sobre sus logros, sus problemas y sus posibilidades.
Según buena parte de los historiadores este desarrollo no es lineal sino complejo y con retrocesos desalentadores. Igualmente, estos historiadores nos sugierem que diversos actores contemporáneos en competencia tienen la capacidad de avanzar, resistir, sobrevivir y de reinventarse. Ahora, cuando la persistencia  es una prioridad para muchos en el Brasil, ya que el país está pasando por un momento crítico de su historia política, es cuando más necesitamos de los historiadores para que ayuden a afirmar la legitimidad de valores indispensables como: la relevancia de la ciencia y la salud pública, la pertinencia de la solidaridad expresada en programas sociales robustos, la necesaria lucha por la igualdad de géneros, lo imprescindible de un Estado laico y fuerte, la necesaria erradicación del autoritarismo, de la homofobia y de cualquier forma de discriminación y la importancia de adherir a objetivos multilaterales progresistas como los enunciados por la Organización de las Naciones Unidas (ONU).
También tendremos un debate de otros asuntos relacionados al quehacer de esta revista como el futuro de las ediciones de revistas científicas. Recientemente participamos en un evento caro al valor de la ciencia y la salud públicas: la Conferencia Scielo 20 Años, que se realizó en la ciudad de São Paulo a fines de septiembre. En este importante encuentro de editores y profesionales de periódicos científicos de la mayor red de revistas científicas brasileras y latinoamericanas se discutió el movimiento de la ciencia abierta (SánchezTarragó et al., 2016). Este es un movimiento mundial que aboga por el acceso universal, igualitario, gratuito y sin limitaciones a los resultados, las metodologías y los datos de las investigaciones. La ciencia abierta reconoce plenamente la autoría de los trabajos científicos, pero se opone al sistema de las editoras comerciales que mantienen revistas académicas cerradas donde el conocimiento se torna inaccesible para investigadores y universidades de países en desarrollo. Entre los temas discutidos en São Paulo destacaron: la transparencia y aceleración de los procesos editoriales, la publicación continua de los artículos en plataformas digitales y la adopción de la modalidad de preprints. Es importante explicar que los preprints son las versiones originales y preliminares de un trabajo de investigación, que no han sido sometidos a un proceso formal de revisión por pares, y que se depositan en un repositorio público de reconocido prestigio en el que reciben comentarios y un preciado DOI (Digital Object Identifier) que es diferente al DOI que se recibiría cuando se toma la decisión de su eventual publicación definitiva en una revista. Una de las ventajas de este sistema es una discusión más rápida y abierta de los avances de la investigación. Los editores de esta revista estamos plenamente de acuerdo con estos asuntos, y vamos a implementarlas en el próximo año.
En este número reunimos dos dosieres que tratan de temas medulares de la historia de la salud y la salud pública: la medicalización del parto y la salud y la mortalidad infantil. Ambos ofrecen perspectivas novedosas y complementarias para todos los interesados en el pasado y el presente de la salud pública.

Alguns artigos:
Medicalização da gestação e do parto nas páginas da revista Claudia, 1961-1990
A concorrência na arte de partejar na cidade do Rio de Janeiro entre 1835 e 1900
A “maternidade moderna” e a medicalização do parto nas páginas do Boletim da Legião Brasileira de Assistência, 1945-1964

Disponível em: História, Ciências, Saúde-Manguinhos 2018; 25 (4)





quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2018; 25 (3)

Cuando estábamos ajustando los detalles de este número de la revista para enviar a la imprenta, imágenes atroces remecieron a Brasil y a una buena parte del mundo: un aterrador incendio consumió, en pocas horas, una parte importante del bicentenario Museo Nacional. Un colega de otro país de América Latina me escribió diciendo que le parecía como el incendio de la Biblioteca de Alejandría.
Realmente lo fue, sobre todo para historiadores de la ciencia, pero también para antropólogos, lingüistas, científicos sociales, historiadores y otros investigadores que trabajaron y trabajaban con sus colecciones únicas. Una tragedia impensada también para profesores, técnicos y estudiantes cuya vida profesional estaba asociada al valiosísimo Museo. Un acontecimiento desastroso que va a marcar la historia cultural de Brasil y de toda América Latina y que será registrada como una desgracia inolvidable para la cultura mundial.
De cualquier manera, para muchos de nosotros será difícil aceptar lo que el fuego se llevó. Puede ser que ni el tiempo nos consuele o aplaque nuestra ira. A pesar del dolor,tenemos la obligación de pensar en soluciones a corto y largo plazo.
Otro asunto trágico que ocurró antes que esta revista fuera a la imprenta, y que nos hace pensar nuevamente en la muerte como un desastre, pero también como una obligación de reconstruir nuestras vidas profesionales después de una desgracia, ha sido la muerte de Jean Gayon, uno de los más destacados historiadores y filósofos de la ciencia. 

Alguns artigos:








terça-feira, 9 de outubro de 2018

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2018; 25 (supl.)

En los últimos años, los studios sobre el desarrollo internacional de la eugenesia han cobrado un impulso particular. En elcontexto centardo en Europa mediterránea y en Latinoamérica, los trabajos precursores de Nancy Stepan (1991), Anne Carol (1995) y Raquel Álvarez Peláez (1999) permitieron abrir una especie de "caja de Pandora" al detectar fuentes y construir nuevas miradas sobre fuentes ya conocidas. En efecto, merced al impactode sus trabajos pioneros fue generándose un creciente interés en el campo de la investigaciónde esa "ciencia del cultivo de la raza", y, desde los años 1990, los estudios sobre eugenesiadejaron de concentrarse exclusivamente en el mundo anglosajón y en su relacioón unívoca conlos totalitarismos del período entreguerras.
Los textos aqui reunidos revelan una diversidad metodológica y de objetos dde estudio, coexistiendo historias que abordan perfiles biográficos; libros y sus recepciones; movimientos contraculturales; organizaciones e instituciones normalizadoras con aquellas que exploran la presencia de la foucaultiana microfísica del poder.
De este modo, los trabajos conforman una constelación de aportes que interpelan a esta versión mediterránea y latinoamericana de la eugenesia, cuyas características incluyen las estrategias dirigidas a identificar, clasificar, jerarquizar y excluir la otredad. Con ese fin se persiguió la utopía de alcanzar una sociedad homogénea y armónica, eliminando el azar del proceso reproductivo de los seres humanos. Los diálogos entre Iglesia Católica y saberes científicos otorgarían singularidad al devenir de la eugenesia en esta región del mundo, convirtiéndola en un capítulo importante en la historia del siglo XX. Contribuir a ello ha sido el propósito de este número especial.

Alguns artigos:


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

História Ciências, Saúde - Manguinhos 2018; 25 (2)

Nas páginas de História, Ciência, Saúde - Manguinhos, os leitores encontram trabalhos que ajudam a pensar sobre o estigma entre os indivíduos diagnosticados com certas patologias, possibilitando aproximações com o HIV/Aids. Também há artigos que refletem sobre o lugar do discurso médico no enquadramento de comportamentos e identidades, incluindo aqueles referidos a sexualidade e papéis de gênero. Nosso periódico também já publicou estudos sobre o lugar do discurso midiático no debate público sobre ciências, doenças e terapêuticas. Não é de hoje que jornais e revistas de grande circulação influenciam as discussões e percepções sobre os dramas sociais, entre os quais as doenças costumam ganhar destaque. Convido-os a visitarem nossas edições de maneira a se municiarem de instrumental crítico para exame dos eventos e processos que nos atingem. É dessa forma que História, Ciências, Saúde - Manguinhos pode cumprir a função de veículo vivo de conhecimento, em vez de acúmulo de escritos cuja visita valeria apenas por interesses estritos de pesquisa. Por ingênua ou datada que possa soar a crença no poder transformador do conhecimento, vale reafirmar a convicção de que ele representa componentes seguro para entrevermos na penumbra.

Alguns artigos:

A experiência com arte na Colônia Juliano Moreira na década de 1950

A importância da perspectiva histórica para o pensamento social em saúde: a contribuição de Madel Luz e Emerson Merhy

Epidemias e colapso demográfico no México e nos Andes do século XVI: contribuições da biologia evolutiva

Disponível em: História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2018; 25 (2)

terça-feira, 15 de maio de 2018

História, ciências, saúde - Manguinhos 2018; 25 (1)


"Este periódico vai comemorar 25 anos de existência em 2019. A primeira conquista a destacar é o crescimento significativo de submissões (boa parte delas de autores afiliados a universidades de América Latina, Portugal e Espanha). Também cresceram as propostas de dossiês ou números especiais e o número dos artigos vertidos ao inglês, o que facilita sua potencial repercussão internacional. A segunda, o uso da plataforma de submissão on-line ScholarOne Manuscripts, tem contribuído significativamente para aproveitar melhor os conselhos dos avaliadores, tomar decisões bem fundamentadas e agilizar o processo editorial, cujos prazos de espera entre aprovação e publicação dos trabalhos tem reduzido de forma considerável. A terceira conquista diz respeito ao índice de impacto de Scientific Journal Rankings (SJR) produzido pelo portal Scimago Journal & Country Rank, a partir do banco de dados Scopus (pertencente à Elsevier), no qual nossa revista ocupa a primeira posição entre os periódicos latino-americanos na categoria "History and Philosophy of Science" no ano de 2016 (em relação a impacto, número de documentos citáveis, e número de citações recebidas). A quarta conquista revela-se no resultado da mais recente avaliação de periódicos (quadriênio 2013-2016) realizada pela Capes, na qual História, Ciências, Saúde - Manguinhos apresenta o melhor conceito A1 nas áreas de história - a base de sua identidade editorial - sociologia, interdisciplinar e educação.

Após o ingresso nas mídias sociais em 2013, a cada edição, artigos e eventos vinculados à revista
são destacados nos blogs nacional e internacional (www.revistahcsm.coc.fiocruz.br e www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/english). Nos blogs aparecem entrevistas com os autores, análises breves de eventos acadêmicos importantes e notícias sobre as temáticas dos artigos.Tudo o que é postado noblog gera conteúdo o Twitter (twitter.com/revistahcsm) e nas duas versões do Facebook (www.facebook.com/RevistaHCSM e www.facebook.com/JournalHCSM).
Uma novidade importante foi a decisão recente de publicar artigos que façam uma ampla revisão historiográfica da subáreas de pesquisas no campo da história e áreas afins, capazes de promover debates cruciais entre os pesquisadores.
Em termos de planejamento para o futuro, significará tornar  a revista mais atraente no tocante à identidade visual e mais interativa, com recursos de áudio e vídeo.
Nosso objetivo é ser uma revista com muitos materiais bilíngues (português e inglês, ou espanhol e inglês) que sejam relevantes e tenham impacto no Brasil, nos outros países da América Latina e no resto do mundo, mas sabemos que nem todos os materiais da revista se prestam à tradução e também que tradução não é sinônimo de internacionalização."
Alguns artigos:







terça-feira, 8 de maio de 2018

História, ciências, saúde - Manguinhos 2017; 24 (4)


"Neste último número de 2017 temos a satisfação de entregar-lhes um cardápio variado de artigos de diferentes áreas do conhecimento, campos temáticos, abordagens, temporalidades e geografias, sempre procurando privilegiar a perspectiva histórica, que confere identidade a este veículo transdisciplinar que é História, Ciências, Saúde - Manguinhos. A diversidade, que não é exclusividade desta edição, teve reconhecimento na recente avaliação quadrienal de periódicos pela Capes. A revista manteve-se como A1 nas áreas de História; Interdisciplinar; Sociologia; e Educação. Foi classificada como A2 em Arquitetura; Urbanismo e Design; Ciência Política e Relações Internacionais; Ensino; Planejamento Urbano e Regional/Demografia; e Serviço Social. Nosso periódico passou a ser classificado também em novas áreas: Artes (A2); Comunicação e Informação (A2); e Direito (B2).

Certamente isso é motivo de particular satisfação, pois a capacidade de dialogar com campos disciplinares tão variados representa uma virtude, mas também impõe desafios em termos de política editorial, as quais implicam lidar com o paradoxo de manter essa interface com diversas áreas do conhecimento sem comprometer a identidade do periódico, que, em certa medida, obedece a parâmetros disciplinares. As escolhas nesse sentido são estratégicas, pois apontam para a revista que queremos ter no complexo cenário de início de século para o potencial de manter-se longeva. Por ora, parece-nos que o enfrentamento da complexidade envolvida nos diversos dilemas contemporâneos requer exatamente a articulação de conhecimentos para superar barreiras disciplinares. Sem respostas ainda claras, temos agido pragmaticamente no intuito de favorecer a qualidade, que não é um parâmetro claramente delimitado, porque envolve subjetividades, mas é a bússola que nos orienta, assim como o amparo de nosso conselho de editores, e, acima de tudo, dos avaliadores."

A seguir, alguns artigos:






quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

História, ciências, saúde - Manguinhos 2017; 24 (2)





Em fevereiro deste ano completaram-se 100 anos da morte de Oswaldo Cruz, fundador do complexo institucional que hoje leva seu nome e considerado o principal vulto da ciência e da medicina brasileiras. Não passou despercebida dos veículos de comunicação a ironia de a efeméride coincidir com a ameaça de retorno da febre amarela, a mesma que Oswaldo Cruz controlou em 1907 na cidade do Rio de Janeiro, onde tinha lugar cativo.

Não cabe aqui aprofundar as similitudes e os distanciamentos entre a campanha sanitária de Oswaldo Cruz e os esforços atuais. Por ora, podemos sublinhar que a convicção nos métodos adotados naquela época e a clareza de diretrizes contrastam com as dissonâncias que hoje em dia envolvem meios de comunicação e agências de saúde nacionais e internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, de modo a não haver concordância, por exemplo, acerca do número certo de indivíduos afetados.

Ele projetou um centro dinâmico destinado a inovações constantes, capaz de solucionar os problemas da saúde pública, mas também de dilatar as fronteiras do conhecimento por meio da pesquisa científica. com muitas idas e vindas, foi dessa forma que sobreviveu às intermitências da política, como as intervenções do Estado varguista e o "massacre" perpetrado durante a ditadura civil-militar.








sexta-feira, 30 de setembro de 2016

História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2016; 23 (3)

Participaram do workshop de 22-24 de junho editores, membros do corpo editorial e profissionais vinculados a revistas nas áreas de ciências humanas, ciências sociais e saúde coletiva de Argentina, Reino Unido, Colômbia, México, Chile, Peru e Brasil,  e de representantes da rede Scielo e do Fórum de Editores da Fiocruz, do qual integram os sete periódicos científicos editados pela Fiocruz.  Todos compartilharam de maneira generosa seus conhecimentos- geralmente obtidos na prática - sobre internacionalização, acesso aberto, indexação e uso de redes sociais para a divulgação científica das revistas.
Um assunto de muita preocupação no workshop foi a sustentabilidade financeira. Os periódicos brasileiros e latino-americanos trabalham na adversidade, com redução de verbas federais e estaduais e em um contexto mundial no qual os publishers internacionais promovem um modelo de negócio. No caso brasileiro, predomina a filosofia de que o conhecimento é público e todos devem ter acesso a ele, reforçada pelo projeto Scielo. Apesar das dificuldades, o Brasil é, sem dúvida, o líder regional no acesso aberto a artigos científicos, e agências internacionais, governos e comunidades científicas de outros países o acolhem.
Uma redução de recursos ameaça a sobrevivência de muitas revistas e terá, com certeza, impacto negativo sobre todo o sistema da pós-graduação no país. Convocou-se os editores e demais atores que gravitam à volta das publicações científicas a demandar que universidades, agências de fomento e ministérios coloquem como item prioritário em seus orçamentos os custos dos periódicos.
Tomara que essa interlocução idealize os trilhos a percorrer para valorizar nossas revistas, para manter a qualidade acadêmica e a acessibilidade econômica - assuntos da maior importância para o desenvolvimento das ciências, das universidades, e da cultura dos países das Américas e de outras partes do mundo.






sexta-feira, 9 de outubro de 2015

História, Ciências, Saúde: Manguinhos 2015; 22 (1)

En este número de la revista se discuten varios asuntos vitales para este debate enla salud global contemporánea como la bioética, la potencialidad de la cooperación sur-sur para redefinir la agendade salud internacional e superar la fragmentación de las agencias nacionales e internacionales de salud, y la interface entre las dimensiones internacionales, nacionales y locales en la historia de la salud latinoamericana y global.
Este número no hubiera sido posible sin la valiosa cooperación y apoio de la Organización Panamericana de la Salud. La importancia del papel que esta organización cumple en los asuntos que aquí se tratan aparece reflejada en algunos de los estudios que publicamos. Esperamos que la lectura de los artículos de este número nos ayude a comprehender y asumir los desafios que enfrentamos y enfrentaremos en el 2015 y en los años siguientes.