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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Revista Bioética 2019; 27 (4)

Saúde e medicina no Brasil - Um novo caminho se inicia com a nova gestão do Conselho Federal de Medicina (CFM). Um fenômeno inédito aconteceu no Brasil, em que colegas, independentemente da vinculação a instituições médicas, foram eleitos por seus pares na esperança de que a medicina recupere seu prestígio e sua dignidade como a nobre profissão que sempre foi.

Impossível desvincular o fenômeno político da mudança na presidência da República, nos ministérios e no direcionamento ideológico vivido por mais de 30 anos no Brasil, que resultou na proletarização do trabalho médico e desprestígio da classe. 

Com o passar dos anos, os médicos se deram conta de que política é economia concentrada e que não chegaremos a lugar algum sem nos importar com esse aspecto, ainda que as melhores técnicas cirúrgicas e a excelência dos tratamentos sejam aprendidas nos livros, congressos, cursos práticos etc. As políticas de saúde interferem diretamente na vida de todos. Fundamentos da proteção da dignidade humana e do cidadão nas instituições do Poder Judiciário, na Ordem dos Advogados do Brasil e no Ministério Público são reflexo do anseio de cidadãos pelo direito à saúde devido a falhas do Poder Executivo. Em relação aos médicos, o Código Civil 1 , o Código de Defesa do Consumidor 2 , o Estatuto da Criança e do Adolescente 3 , o Estatuto do Idoso 4 e as leis ordinárias têm aumentado as esperanças quanto à obtenção do direito à saúde. Por sua vez, o CFM analisa questões que regulam a atividade médica, adequando as demandas atuais à realidade social, sem olvidar da necessidade de filtrar e pontuar, de forma ética, todos os questionamentos que surgem. 

O ilustre médico gaúcho, professor Dr. Mário Rigatto 5 , autor do livro “Médicos e sociedade”, editado em 1976, foi visionário nesse sentido. Apontou como conquistas na área médica no século XX a preservação do organismo sadio (vacinas, antibióticos), a substituição de partes do organismo (próteses, transplantes), drogas para emagrecer, hormônios, pílula anticoncepcional e fortificantes. Para o século XXI, sugeriu que a tônica seria a preservação do organismo sadio e que a saúde estaria muito mais nas mãos de governantes, legisladores, sociólogos e educadores do que nas dos médicos. Afirmou também que a medicina teria como importantes missões prevenir o câncer, dominar o processo do envelhecimento, melhorar a performance das proteínas cerebrais e da memória, promover descobertas na área da genética e possibilitar a otimização intelectual com computadores. Previu ainda que os médicos perderiam prestígio. Protestos, ameaças e reformas político-ideológicas não poderiam evitar o paradoxo da perda de prestígio social e do sucesso financeiro do passado. Fé e crença são fatores místicos que fizeram parte da vida e da atividade médica por muitos anos. Os recursos da relação médico-paciente, como calor humano e simpatia, fizeram esses profissionais serem tratados como deuses. Mas hoje talvez os únicos médicos que ainda encantem sejam os psiquiatras, pelo fato de trabalharem com valores de difícil mensuração.

Se em 1969 já éramos o país com mais faculdades de medicina, proporcionalmente à população – segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde de 1971, havia no país 90,8 milhões de pessoas e 73 faculdades de medicina  –, imaginemos agora, com 210 milhões de pessoas  e 340 escolas médicas .

Neste contexto social e cultural, em que ao mesmo tempo temos grandes inovações tecnológicas e cada vez mais questões éticas, iniciamos a nova gestão da Revista Bioética, procurando trazer assuntos atuais que espelham nossa realidade e suas implicações no contexto da bioética. 

Veja os artigos abaixo:

Interfaces entre saúde coletiva e bioética: a nanotecnologia como objeto-modelo

Prática confortadora ao idoso hospitalizado à luz da bioética

Disponível em: Revista Bioética 2019; 27 (4)


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Epidemiologia e Serviços de Saúde 2017; 26 (2)


Neste ano de 2017, a Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do Sistema Único de Saúde do Brasil (RESS), além de completar 25 anos, tem mais motivos para comemorar. A par da indexação na base bibliográfica MEDLINE, a revista foi classificada no estrato Qualis B2 pela comissão de avaliação da área da Saúde Coletiva da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O Qualis Periódicos é um sistema de classificação de periódicos que constitui o principal critério adotado para a avaliação da produção intelectual dos docentes e discentes vinculados aos programas de pós-graduação (PPGs) credenciados pela Capes. Uma revista científica ingressa automaticamente no rol a ser avaliado pela comissão de área da Capes quando publica estudo de um docente ou discente de PPG credenciado. A área da Saúde Coletiva adota critérios rigorosos para a avaliação dos periódicos, que consideram as bases bibliográficas nas quais as revistas estão indexadas e indicadores de citação, a exemplo do índice H e do fator de impacto.

A classificação B2 ou superior na área da Saúde Coletiva engloba um seleto grupo de periódicos brasileiros e estrangeiros e expressa a relevância destes para a divulgação da produção científica na área. A nova classificação é importante para a RESS, por representar mais um reconhecimento de sua qualidade e de seu posicionamento entre os periódicos relevantes para a Saúde Coletiva.

Outra novidade da RESS é a ampliação de seu corpo editorial, com  a incorporação de novos editores assistentes e associados que fazem parte do quadro de servidores da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde(SVS/MS) e que possuem formação em nível de mestrado e/ou doutorado na área da epidemiologia, como as demais editoras e editores vinculados a outras instituições. Com isso, A RESS reforça sua equipe editorial, o que a credencia a acolher um número maior de manuscritos e realizar mais atividades de divulgação científica e de capacitação de autores e revisores.

Segue alguns artigos publicados:





Disponível em: Epidemiologia e Serviços de Saúde 2017; 26 (2)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018