sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

DST - Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis 2018; 30 (3)

 


    Esta edição destaca que os estudos epidemiológicos têm demonstrado que a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é caracterizada como pandêmica. Portanto, constitui um grave problema de saúde pública. O HPV não observa regras culturais, sociais ou econômicas, diferentemente de certas infecções que afetam os países economicamente desfavorecidos, desafiando os melhores sistemas de saúde.

Alguns artigos:




Disponível em:

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (3)



 Historicamente, a investigação translacional tem início com a abordagem hermenêutica de distintas áreas do conhecimento como a linguística (estudo da linguagem verbal humana), semiótica (estudo dos signos e da semiose) e teorias da informação (estudo e conceituação matemática da informação) e da comunicação (estudo dos efeitos, origens e funcionamento do fenômeno da comunicação social), o que possibilitou uma melhor interpretação dos sentidos e significados dos diferentes textos escritos na humanidade, tornando mais eficiente, assim, a tradução desse material entre os vários idiomas.(1) No âmbito da saúde, a palavra translacional foi empregada, inicialmente, em 1975, para se referir à transferência, intercambiamento e interpretação dos dados obtidos tanto em pesquisas básicas quanto médicas na área da endocrinologia clínica e diabetes.(1,5) Na década de 1990, o termo foi empregado na literatura para descrever os esforços científicos para o desenvolvimento de novas drogas antineoplásicas. Consecutivamente, na década de 2000, o termo foi sistematizado e seu escopo definido, passando a ser utilizado em cardiologia, neurologia, psiquiatria, patologia clínica e em muitas outras áreas da medicina.(6,7)

Resumidamente, então, a investigação translacional se caracteriza como um processo bifásico, já que os novos conhecimentos passam da ciência básica para a ciência clínica (bench to bedside - do laboratório à beira do leito) e da ciência clínica para a saúde dos pacientes e saúde pública (bedside to practice - da beira do leito à assistência à saúde), e bidirecional, pois o fluxo de informação migra do laboratório à clínica e da clínica volta ao laboratório (bench - bedside - back again).(3,8,10) Para o funcionamento desse processo, a investigação T1 requer laboratórios universitários ou de centros de pesquisa que trabalhem com biologia molecular, citologia, bioquímica, biofísica, farmacologia, microbiologia e/ou imunologia com infraestrutura e tecnologia de ponta. A investigação T2, em contrapartida, tem como laboratório de ensaio o hospital e o ambiente da comunidade, associado a intervenções baseadas nos grupos humanos e populacionais, epidemiologia, estatística, observação e evidência clínica, psicologia e ciências do comportamento, investimento privado, políticas governamentais e financiamento público.(1,3,8)

Particularmente no âmbito das análises clínicas, essa transferência de conhecimentos entre as ciências básica e clínica, a partir de investigações translacionais, tem produzido impactos nas áreas de imunologia, endocrinologia, oncologia, neurologia e neurociências e reprodução humana.(6) Os resultados de investigações translacionais em análises clínicas irão refletir diretamente no manejo dos pacientes, já que essas investigações contribuem para uma melhor compreensão e percepção dos mecanismos fisiopatológicos e das complexas interações que ocorrem nos sistemas biológicos.(10) Como um exemplo, a pesquisa por novos marcadores bioquímicos e/ou tumorais e sua aplicação no biodiagnóstico tem papel chave no controle, monitoramento e segurança dos pacientes, bem como na predição da eficácia de tratamentos frente a diferentes tipos de doenças neoplásicas, degenerativas e cardiovasculares.(6,9) As análises clínicas translacionais podem fornecer maior apoio científico às intervenções médicas, informando em que contexto essas intervenções irão ser mais efetivas, quando elas deverão ser procedidas e por quanto tempo deverão ser estabelecidas. As pesquisas translacionais na área do laboratório clínico têm como objetivo demonstrar de que maneira um grupo de variáveis bioquímicas e moleculares pode contribuir para a escolha da melhor intervenção clínico-cirúrgica e/ ou farmacológica.(10)

Alguns artigos:

Cystatin C: a promising biomarker to evaluate renal function

Mecanismos de resistência de Candida albicans aos antifúngicos anfotericina B, fluconazol e caspofungina

Estudo in vitro do efeito do ácido ascórbico sobre os parâmetros de ureia e creatinina

Avaliação epidemiológica, hematológica e imunofenotípica de pacientes adultos portadores de leucemia aguda diagnosticados no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Brasil

Análise da proteinúria após exercício físico intenso

Hemoglobinopatias: relato de caso familiar


Disponível em: 

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (3)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (2)

 



Classicamente, o ciclo de transmissão do vírus Mayaro está associado a áreas silvestres e a condições climáticas. No Brasil, a Febre do Mayaro está mais restrita à região amazônica, que é a área de endemicidade da doença no país.(2,4,9) Mudanças ambientais introduzidas pelos seres humanos, contudo, têm produzido alterações nas características ecológicas das arboviroses. As ingerências sobre os ecossistemas podem levar, de fato, ao aumento da prevalência dos artrópodes vetores, à criação de novos reservatórios ou à adaptação a novos ou alternativos ciclos de manutenção na natureza.(7) O crescimento populacional é um outro fator que tem contribuído para a emergência ou re-emergência das arboviroses. O adensamento e a degradação das áreas urbanas e periurbanas favorecem o contágio viral.(3,7) O deslocamento de pessoas infectadas em veículos com grande autonomia permitem ainda aos arbovírus atravessarem longas distâncias, disseminando-se dentro e entre continentes, o que confere um importante potencial para espalhamentos epidêmicos.(7,10,11) Igualmente, o deslocamento geográfico dos arbovírus pode se dar pela movimentação do reservatório animal ou do artrópode vetor. A migração dos arbovírus para áreas urbanas oportuniza a transmissão do agente por outros artrópodes, notadamente aqueles antropofílicos, levando a importantes alterações e riscos epidemiológicos e de saúde pública.(9,10,11) Nesse sentido, a transmissão em áreas urbanas, num ciclo homemmosquito-homem, pode ocorrer fora dos focos enzoóticos pelo Aedes aegypti, Aedes albopictus e Aedes scapularis e determinar, potencialmente, grandes epidemias, à semelhança do que vem ocorrendo com a Dengue, Febre Amarela e Chikungunya, nas principais cidades brasileiras.(1,2,3,11) Importa reiterar que todos esses fatos combinados colocam, claramente, o vírus Mayaro em um contexto de alerta sanitário, tendo em vista representarem um risco epidemiológico de iminente transmissão urbana desse arbovírus.(3)

Abaixo, alguns artigos:

Aspectos fisiopatológicos da dislipidemia aterogênica e impactos na homeostasia

Leucemia Mieloide Crônica: aspectos clínicos, diagnóstico e principais alterações observadas no hemograma

Anemia Falciforme e abordagem laboratorial: uma breve revisão de literatura

O impacto da fase pré-analítica na qualidade dos esfregaços cervicovaginais

Resultados do eritrograma em crianças com anemias do município de Tupanciretã, RS, Brasil

Investigação da ocorrência de infecção respiratória aguda causada pelo vírus sincicial respiratório (RSV) pela técnica da PCR

Lesão de alto grau e carcinoma escamoso: um estudo de prevalências em pacientes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Anápolis, GO, Brasil

Perfil de resultados de hemoculturas positivas e fatores associados

Meningite eosinofílica: relato de caso

Disponível em:

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (2)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (1)

 



Em 2017, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas completará 50 anos. Criada em 1967 com o objetivo de desenvolver a especialidade e os Laboratórios Clínicos, a SBAC vem produzindo desde então um sistema capaz de apoiar a estruturação e o aprimoramento de seus associados, servindo como referência científica e administrativa para o mercado – dentro e fora do Brasil.

 Sempre sensível aos obstáculos criados pelo cenário político e econômico do país, a SBAC procura soluções para lidar com os desafios que surgem, se mantendo atuante junto aos órgãos reguladores e governo para que possamos expandir o setor. Para isso, apostamos na parceria entre profissionais de análises clínicas, representantes de sociedades, sindicatos e conselho.

 Assim, o fortalecimento político do setor se tornou prioridade para a entidade, acarretando no comprometimento com importantes bandeiras – como a recomposição dos valores das tabelas de remuneração do SUS, a desoneração tributária do segmento, a abertura de linhas de crédito e a tentativa de controlar cooperativas que concorram com serviços laboratoriais. Além disso, estamos buscando alternativas para que os pequenos e médios laboratórios possam adquirir seus insumos com preços mais acessíveis.

Hoje, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas conta com mais de 12.000 sócios efetivos inscritos, e possui Regionais e Delegacias em vários estados do país. Uma das maiores vantagens em se tornar um associado SBAC é o acesso à informação científica de altíssima qualidade, além da possibilidade de obter descontos em todos os seus programas, periódicos, nacionais, congressos (internacionais, nacionais e regionais) cursos e eventos.


Vejamos alguns artigos:

Bioética e relato de casos clínicos

Beta-Talassemia Menor e o risco de aterosclerose: o papel do estresse oxidativo eritrocitário e dos níveis de paraoxonase-1 como fatores agravantes

Infecção relacionada à assistência à saúde associada a Acinetobacter baumannii: revisão de literatura

Relação entre o desenvolvimento do melanoma cutâneo e o estresse oxidativo

Avaliação da função renal na doença renal crônica

New Delhi metalobetalactamase (NDM): uma revisão

Biomarcadores da função renal: do que dispomos atualmente?

Nível sérico de antígeno prostático específico em usuários de um laboratório clínico de Novo Horizonte, São Paulo

Perfil de alterações no hemograma de pacientes HIV+


Disponível em: Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (1)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2016; 48 (4)

 


Atualmente, o aprimoramento da gestão estratégica responsável das organizações tem sido bastante discutido na esfera da administração empresarial internacional. Modelos conceituais foram criados para desenvolver habilidades em gestão estratégica responsável, alguns deles, inclusive, com um forte viéis moral [modelo de processo de planejamento estratégico paralelo modificado, modelo de desenvolvimento contratual/estratégico, modelo das teorias organizacionais e suas ênfases morais relativas, modelo de desenvolvimento moral organizacional e modelo para a melhoria da gestão estratégica responsável]. O modelo das teorias organizacionais e suas ênfases morais e o modelo de desenvolvimento moral organizacional são as duas propostas que procuram atender à demanda por maior eticidade, na gestão estratégica das instituições

As seis etapas do desenvolvimento moral também coincidem sumariamente com o modelo de seis etapas de evolução pessoal e organizacional de gestão de Torbert [Pessoal: impulsivo, oportunista, diplomata, técnico/especialista, realizador e estrategista – Organizacional: concepção, investimento, incorporação, experimentos, produtividade sistemática e questionamento colaborativo], para sucesso de longo prazo. Torbert considera que a primeira etapa de evolução organizacional é a concepção do "sonho de sucesso futuro", que é levada a cabo pelo "gestor impulsivo". É somente na sexta etapa da evolução que surge o "gestor de estratégia", na medida em que a organização incorpora ideias de questionamento colaborativo e ações oportunas de sucesso em longo prazo. 

De fato, as culturas organizacionais, que desenvolvem as condições morais e colaborativas para a gestão responsável, preparam as instituições para a implantação total tanto do processo de planejamento estratégico quando da estrutura de desenvolvimento contratual.

Alguns artigos: 

Patogênese do HIV – características do vírus e transmissão materno-infantil

Plasma rico em plaquetas: uma revisão sobre seu uso terapêutico

Prevalência de dislipidemia infantil em um laboratório no Vale do Rio dos Sinos, RS

Determinação do perfil anêmico ferroprivo e megaloblástico em gestantes atendidas pelo Serviço Público Materno Infantil de um município do meio oeste catarinense

Perfis sorológicos para toxoplasmose de pacientes atendidos em um laboratório de Goiânia, Goiás

Avaliação de vitamina D por estação do ano em adultos de uma cidade no Sul do Brasil

Perfil de infecção urinária associada à taxa de glicemia alterada

Enteroparasitoses humanas em Aracaju, SE


Disponível em: Revista Brasileira de Análises Clínicas 2016; 48 (4)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2016; 48 (3)

 



Ubuntu é uma filosofia moral e humanista africana que se fundamenta nas alianças e no relacionamento mútuo entre as pessoas.(4) O ubuntu nasce da ideia ancestral [1.500 anos a.C.] de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais. Nesse sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia ocidental derivada do racionalismo iluminista que coloca o indivíduo no centro da concepção de ser humano.(5) O ubuntu pode ser considerado como um exercício prático de filosofias populares africanas, muito frequentemente representadas em provérbios.(2) O provérbio xhosa e zulu "Umuntu ngumuntu ngabantu" (uma pessoa só se faz pessoa através de seu relacionamento com outras pessoas), o provérbio Gikuyu "Kiunuhu gitruagw" (a avareza não alimenta) e o provérbio "É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança" são exemplos de axiomas alinhados com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo principal é a ligação do indivíduo com o coletivo.(1,3,5) De fato, o ubuntu contempla a humanidade/ humanismo em toda a sua essência e profundidade e está no extremo oposto da filosofia do individualismo e do consumismo.(6) 

O ubuntu é a contribuição do continente africano ao mundo das empresas, as quais, cada vez mais, têm sido solicitadas a se posicionarem sobre suas relações interpessoais. Ao contrário dos mecanismos proverbiais de gestão, o ubuntu tem, na comunidade, a base de todo o relacionamento humano. Com esse enfoque, o ubuntu empresarial propõe a criação de "uma comunidade de pessoas" entre todos os membros de uma determinada organização.(17) Pela filosofia do ubuntu, essa "comunidade de pessoas" é vista como um "único empregado" e o bem-estar coletivo é entendido como a maior preocupação de um sistema de gestão de recursos humanos.(17,18) Como síntese, a tradicional filosofia ubuntu pode dar suporte a modernas práticas de gestão empresarial, particularmente para aquelas estruturadas em torno da ideia de que "primeiro vem o funcionário e depois vem o cliente", tendo em vista descrever e fundamentar o empoderamento como o caminho para o fortalecimento da democracia organizacional.

Abaixo, alguns artigos:

A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial

Hiperparatireoidismo secundário: uma complicação da Doença Renal Crônica

Padrão hormonal feminino: menopausa e terapia de reposição

Avaliação do RDW como indicador da deficiência de ferro em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise

Comparação da atividade de antifúngicos imidazólicos e triazólicos frente a Candida albicans

Avaliação dos níveis de sICAM-1 em pacientes com doença falciforme

Avaliação da atividade de enzimas hepáticas em dependentes, ex-dependentes e não usuários do etanol


Disponível em: Revista Brasileira de Análises Clínicas 2016; 48 (3)