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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (3)



 Historicamente, a investigação translacional tem início com a abordagem hermenêutica de distintas áreas do conhecimento como a linguística (estudo da linguagem verbal humana), semiótica (estudo dos signos e da semiose) e teorias da informação (estudo e conceituação matemática da informação) e da comunicação (estudo dos efeitos, origens e funcionamento do fenômeno da comunicação social), o que possibilitou uma melhor interpretação dos sentidos e significados dos diferentes textos escritos na humanidade, tornando mais eficiente, assim, a tradução desse material entre os vários idiomas.(1) No âmbito da saúde, a palavra translacional foi empregada, inicialmente, em 1975, para se referir à transferência, intercambiamento e interpretação dos dados obtidos tanto em pesquisas básicas quanto médicas na área da endocrinologia clínica e diabetes.(1,5) Na década de 1990, o termo foi empregado na literatura para descrever os esforços científicos para o desenvolvimento de novas drogas antineoplásicas. Consecutivamente, na década de 2000, o termo foi sistematizado e seu escopo definido, passando a ser utilizado em cardiologia, neurologia, psiquiatria, patologia clínica e em muitas outras áreas da medicina.(6,7)

Resumidamente, então, a investigação translacional se caracteriza como um processo bifásico, já que os novos conhecimentos passam da ciência básica para a ciência clínica (bench to bedside - do laboratório à beira do leito) e da ciência clínica para a saúde dos pacientes e saúde pública (bedside to practice - da beira do leito à assistência à saúde), e bidirecional, pois o fluxo de informação migra do laboratório à clínica e da clínica volta ao laboratório (bench - bedside - back again).(3,8,10) Para o funcionamento desse processo, a investigação T1 requer laboratórios universitários ou de centros de pesquisa que trabalhem com biologia molecular, citologia, bioquímica, biofísica, farmacologia, microbiologia e/ou imunologia com infraestrutura e tecnologia de ponta. A investigação T2, em contrapartida, tem como laboratório de ensaio o hospital e o ambiente da comunidade, associado a intervenções baseadas nos grupos humanos e populacionais, epidemiologia, estatística, observação e evidência clínica, psicologia e ciências do comportamento, investimento privado, políticas governamentais e financiamento público.(1,3,8)

Particularmente no âmbito das análises clínicas, essa transferência de conhecimentos entre as ciências básica e clínica, a partir de investigações translacionais, tem produzido impactos nas áreas de imunologia, endocrinologia, oncologia, neurologia e neurociências e reprodução humana.(6) Os resultados de investigações translacionais em análises clínicas irão refletir diretamente no manejo dos pacientes, já que essas investigações contribuem para uma melhor compreensão e percepção dos mecanismos fisiopatológicos e das complexas interações que ocorrem nos sistemas biológicos.(10) Como um exemplo, a pesquisa por novos marcadores bioquímicos e/ou tumorais e sua aplicação no biodiagnóstico tem papel chave no controle, monitoramento e segurança dos pacientes, bem como na predição da eficácia de tratamentos frente a diferentes tipos de doenças neoplásicas, degenerativas e cardiovasculares.(6,9) As análises clínicas translacionais podem fornecer maior apoio científico às intervenções médicas, informando em que contexto essas intervenções irão ser mais efetivas, quando elas deverão ser procedidas e por quanto tempo deverão ser estabelecidas. As pesquisas translacionais na área do laboratório clínico têm como objetivo demonstrar de que maneira um grupo de variáveis bioquímicas e moleculares pode contribuir para a escolha da melhor intervenção clínico-cirúrgica e/ ou farmacológica.(10)

Alguns artigos:

Cystatin C: a promising biomarker to evaluate renal function

Mecanismos de resistência de Candida albicans aos antifúngicos anfotericina B, fluconazol e caspofungina

Estudo in vitro do efeito do ácido ascórbico sobre os parâmetros de ureia e creatinina

Avaliação epidemiológica, hematológica e imunofenotípica de pacientes adultos portadores de leucemia aguda diagnosticados no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Brasil

Análise da proteinúria após exercício físico intenso

Hemoglobinopatias: relato de caso familiar


Disponível em: 

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2017; 49 (3)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Revista Brasileira de Análises Clínicas 2016; 48 (3)

 



Ubuntu é uma filosofia moral e humanista africana que se fundamenta nas alianças e no relacionamento mútuo entre as pessoas.(4) O ubuntu nasce da ideia ancestral [1.500 anos a.C.] de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais. Nesse sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia ocidental derivada do racionalismo iluminista que coloca o indivíduo no centro da concepção de ser humano.(5) O ubuntu pode ser considerado como um exercício prático de filosofias populares africanas, muito frequentemente representadas em provérbios.(2) O provérbio xhosa e zulu "Umuntu ngumuntu ngabantu" (uma pessoa só se faz pessoa através de seu relacionamento com outras pessoas), o provérbio Gikuyu "Kiunuhu gitruagw" (a avareza não alimenta) e o provérbio "É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança" são exemplos de axiomas alinhados com o espírito da ética ubuntu cujo objetivo principal é a ligação do indivíduo com o coletivo.(1,3,5) De fato, o ubuntu contempla a humanidade/ humanismo em toda a sua essência e profundidade e está no extremo oposto da filosofia do individualismo e do consumismo.(6) 

O ubuntu é a contribuição do continente africano ao mundo das empresas, as quais, cada vez mais, têm sido solicitadas a se posicionarem sobre suas relações interpessoais. Ao contrário dos mecanismos proverbiais de gestão, o ubuntu tem, na comunidade, a base de todo o relacionamento humano. Com esse enfoque, o ubuntu empresarial propõe a criação de "uma comunidade de pessoas" entre todos os membros de uma determinada organização.(17) Pela filosofia do ubuntu, essa "comunidade de pessoas" é vista como um "único empregado" e o bem-estar coletivo é entendido como a maior preocupação de um sistema de gestão de recursos humanos.(17,18) Como síntese, a tradicional filosofia ubuntu pode dar suporte a modernas práticas de gestão empresarial, particularmente para aquelas estruturadas em torno da ideia de que "primeiro vem o funcionário e depois vem o cliente", tendo em vista descrever e fundamentar o empoderamento como o caminho para o fortalecimento da democracia organizacional.

Abaixo, alguns artigos:

A tradicional ética africana do ubuntu e a moderna liderança empresarial: à guisa de uma introdução para a gestão laboratorial

Hiperparatireoidismo secundário: uma complicação da Doença Renal Crônica

Padrão hormonal feminino: menopausa e terapia de reposição

Avaliação do RDW como indicador da deficiência de ferro em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise

Comparação da atividade de antifúngicos imidazólicos e triazólicos frente a Candida albicans

Avaliação dos níveis de sICAM-1 em pacientes com doença falciforme

Avaliação da atividade de enzimas hepáticas em dependentes, ex-dependentes e não usuários do etanol


Disponível em: Revista Brasileira de Análises Clínicas 2016; 48 (3)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Revista Brasileira Análises Clínicas 2016; 48 (1)

 


Em 1973, Sondak & Schwarz foram os primeiros a conceber a ideia de um periódico em formato eletrônico. A proposta inicial desses autores era fornecer arquivos que pudessem ser lidos, em bibliotecas, empregando computadores, e, por assinantes individuais, utilizando microfichas.(2) A primeira revista científica em versão eletrônica foi a Online Journal of Current Clinical Trials, publicada em 1992, pela OCLC [Online Computer Library Center], em Ohio, Estados Unidos, com textos completos e gráficos. A SciELO foi a primeira iniciativa de acesso eletrônico aberto, em países em desenvolvimento, iniciada em 1997, no Brasil, com a publicação de dez títulos de revistas, quatro da área da saúde.(3)

No que concerne ao processo editorial, a RBAC em sua versão online trará maior celeridade em sua produção e distribuição, disseminando a informação científica de forma mais rápida, eficiente e com maior qualidade. Os custos da revista também diminuirão. De acordo Barravieira,(12) editorações eletrônicas facilitam a ordenação, a otimização e trazem economia a todo o processo de publicação. 

O objetivo da mudança para a versão online é claro: tornar a RBAC uma revista moderna e dinâmica, alinhada com os recursos da tecnologia de informação e da internet/web, para trazer, de fato, a democratização de seus conteúdos, velocidade de publicação, visibilidade e impacto nacional e internacional, competitividade, cooperação técnico-científica e, acima de tudo, contribuir com o desenvolvimento das análises clínicas no país, tanto científica e quanto socialmente. Assim, com o presente número, damos os primeiros passos no ambiente virtual. Desejamos que todos, pesquisadores, estudantes, analistas clínicos e interessados no estudo das análises clínicas tenham uma leitura prazerosa e frutífera, agora na versão online da RBAC.

Vejamos alguns artigos:

Fatores de risco e principais alterações citopatológicas do câncer bucal: uma revisão de literatura

Acidentes de trabalho com material biológico no setor hospitalar

Suscetibilidade a antifúngicos e fatores de virulência de Candida spp. isoladas em Russas, Ceará

Importância da qualidade da coleta do exame preventivo para o diagnóstico das neoplasias glandulares endocervicais e endometriais

Perfil lipídico de pacientes pediátricos


Disponível em: Revista Brasileira Análises Clínicas 2016; 48 (1)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical / Journal of the Brazilian Society of Tropical medicine 2013; 46 (6)

                                                                                              Esta edição contempla os seguintes assuntos: tuberculose, leishmaniose, arbovirose, HIV, staphylococcus aureus, doença de Chagas, radiologia, candida, epidemiologia entre outros.







Disponível em: Revista da Sociedade Brasileira de Medicinal Tropical / Journal of the Brazilian Society of Tropical Medicine 2013; 46 (6)